
Chegou a frequentar a Universidade de Upsala, mas deixou-a para ser jornalista e actor. Aos vinte e cinco anos foi trabalhar para a Biblioteca Real o que lhe deu um certo desafogo económico. Nas suas primeiras peças teatrais transparecem sinais duma personalidade amarga e torturada, reflexo do seu carácter nevrótico e da sua hipersensibilidade, que levariam aliás ao fracasso dos seus três casamentos.
O casamento e a família eram valores que estavam sob tensão na época de Strindberg, enquanto a Suécia se industrializava e se urbanizava a um ritmo alucinante. Questões como a prostituição e a moral eram apaixonadamente debatidas entre os escritores e os políticos.
Strindberg era muito popular entre a classe operária e também nos países socialistas. Foi socialista, porventura mesmo anarquista. Renegaria no entanto o socialismo em 1880, ao descobrir Nietzsche com quem se correspondeu. Abandonaria também as suas ideias, voltando-se então para o misticismo.
O seu romance “O Quarto Vermelho”, publicado em 1879, tornou-o célebre. Um seu período psicologicamente mais conturbado terminou com a publicação de um livro original em língua francesa (“Inferno” – 1897).
Sabe-se muito pouco, quase nada, das suas outras actividades: a pintura, a fotografia, a alquimia e a telegrafia.
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