
Tendo por origem uma família judaica abastada, foi educado em escolas privadas de Budapeste. Com dezassete anos decidiu tornar-se militar, mas não conseguiu ingressar no exército devido à sua “saúde demasiadamente frágil e a uma visão fraca”. Decidiu então emigrar para os Estados Unidos, onde serviu nas fileiras do exército federal durante a Guerra de Secessão.
Pulitzer falava correctamente Alemão, Francês e Húngaro, embora tivesse muitas dificuldades no Inglês. Depois da guerra, trabalhou em St. Louis, exercendo profissões modestas, como carregador, bagageiro e empregado de mesa, mas simultaneamente estudava, de modo autodidáctico, Inglês e Direito, participando também em actividades políticas.
Em 1866 conseguiu o primeiro emprego como repórter no jornal alemão “Westliche Post" e, cinco anos depois, adquiriu uma parte da sociedade deste jornal. Com 25 anos, Joseph tornou-se editor e, em 1874, foi correspondente do “New York Sun” em Washington. Em 1878, criou o “Post-Dispatchs” em St. Louis, com a fusão de dois jornais, o “Dispatch” e o “Evening Post”, tornando-se uma figura notável no panorama jornalístico americano. No mesmo ano casou-se com uma americana da alta sociedade, o que lhe conferiu um estatuto social ainda mais elevado.
Mudou-se entretanto para Nova Iorque e, em 1883, comprou o jornal “The World”, que se tornou um dos órgãos de informação mais importantes da época. Revolucionou o funcionamento dos jornais, com a adopção de novas técnicas. Praticou um jornalismo rigoroso, tendo divulgado e combatido a corrupção. Colocou-se ao lado dos operários e dos pobres nas suas lutas pela melhoria das condições de vida e atacou as grandes companhias e os monopólios.
Ao mesmo tempo, era criticado por preencher as colunas do seu jornal com notícias sensacionais, a que juntava algumas inovações como cartoons e páginas dedicadas ao desporto e às mulheres. Utilizava abundantemente imagens, gráficos, cor, publicidade e ainda títulos em letras garrafais. Nos anos 1890 foi acusado de se servir do destaque de certos títulos sensacionalistas para atrair leitores da classe trabalhadora e imigrantes. O seu propósito era aliás esse mesmo.
Pulitzer acreditava que o jornalismo era um serviço público, portanto destinado ao Povo e não para servir os interesses do Poder. A resistência de Joseph Pulitzer a todo o tipo de pressões contribuiu de modo fundamental para a liberdade de imprensa.
Pulitzer ficou cego durante os últimos anos da sua vida e, quando morreu, viajava a bordo do seu iate Liberty, como fazia sempre que o seu estado de saúde piorava. Em 1903, entregara à Universidade de Columbia um milhão de dólares para a abertura de uma Escola de Jornalismo. Instituiu igualmente, por testamento, o prestigioso “Prémio Pulitzer” que tem sido atribuído anualmente, desde 1917, a obras nos domínios do jornalismo, da literatura e da música clássica.
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