quinta-feira, 7 de julho de 2016

7 DE JULHO - MARIA BARROSO

EFEMÉRIDEMaria de Jesus Simões Barroso Soares, actriz, professora e activista política e social portuguesa, morreu em Lisboa no dia 7 de Julho de 2015. Nascera na Fuseta em 2 de Maio de 1925. Esposa de Mário Soares, foi primeira-dama de Portugal de 1986 a 1996.
Era filha de Alfredo José Barroso, de Alvor, oficial do exército, e tia do político Alfredo Barroso, do cineasta Mário Barroso e do médico cirurgião Eduardo Barroso.
Frequentou os liceus D. Filipa de Lencastre e Pedro Nunes, em Lisboa, diplomando-se depois em Arte Dramática, na Escola de Teatro do Conservatório Nacional (1943). Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1951).
Na faculdade, conheceu Mário Soares, com o qual se casou por procuração em Fevereiro de 1949, quando ele se encontrava preso por motivos políticos. Tiveram dois filhos: João, que seguiu a carreira política, e Isabel, professora, que sucedeu a sua mãe como directora do Colégio Moderno.
Maria Barroso foi actriz na Companhia Rey Colaço -Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II, onde se estreou em 1944, na peça de Jacinto Benavente “Aparências”, sob a direcção de Palmira Bastos. No cinema, teve participações em filmes de Paulo Rocha e de Manoel de Oliveira.
Em 1969, foi candidata a deputada pela Oposição Democrática e participou no III Congresso daquela organização em 1973, em Aveiro, tendo sido a única mulher a intervir na sessão de abertura. No mesmo ano, esteve em Bad Münstereifel, na Alemanha, quando da fundação do Partido Socialista. Depois da Revolução dos Cravos, foi eleita deputada à Assembleia da República, pelos círculos de Santarém, Porto e Faro, nas legislaturas iniciadas em 1976, 1979, 1980 e 1983.
Como primeira-dama, empenhou-se na defesa do sentido de família, intervindo nos países de língua portuguesa. Em 1990, criou o movimento Emergência Moçambique. Em 1995, presidiu à abertura do ciclo de realizações do Ano Internacional de Luta contra o racismo, a xenofobia, o anti-semitismo e a exclusão social.
Depois de deixar o Palácio de Belém, em 1997, presidiu a Cruz Vermelha Portuguesa, cargo que exerceu até 2003. Foi ainda presidente da Fundação Aristides de Sousa Mendes.
Foi distinguida com o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lesley (Maio de 1994), pela Universidade de Aveiro (Dezembro de 1996) e pela Universidade de Lisboa (Novembro de 1999). Foi professora honorária da Sociedade de Estudos Internacionais de Madrid. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade em Março de 1997.

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