EFEMÉRIDE
– José Armando Tavares de Morais e Castro, actor, encenador,
político e advogado português, morreu em Lisboa no dia 22 de Agosto de 2009,
vítima de cancro. Nascera na mesma cidade, em 30 de Setembro de 1939.
Foi
actor experimental do Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa,
enquanto estudante liceal. Estreou-se profissionalmente no Teatro do
Gerifalto, dirigido por António Manuel Couto Viana, na peça “A Ilha do
Tesouro” (1956).
Em
1958, estreou-se na televisão com “O Rei Veado” de Carlo Gozzi,
realizado por Artur Ramos. Ainda no Teatro do Gerifalto, integrou o
elenco de variadas peças, como “O Fidalgo Aprendiz” de Francisco Manuel
de Melo e “Os Velhos Não Devem Namorar” de Afonso Castellau.
Em
1960, trabalhou junto de Laura Alves. No ano seguinte, encenou no Cénico de
Direito, “O Borrão” de Augusto Sobral, premiado no Festival de
Teatro de Lyon desse ano. Protagonizou o filme “Pássaros de Asas
Cortadas” de Artur Ramos (1962).
Integrou
o Teatro Moderno de Lisboa, de 1961 a 1965, participando em “O
Tinteiro” de Carlos Muñiz e “Humilhados e Ofendidos” de Dostoievski,
onde obteve grande sucesso. Neste período, contracenou com actores como Armando
Cortez, Fernando Gusmão, Carmen Dolores e Ruy de Carvalho, entre outros. Em
1968, co-fundou o Grupo 4, no Teatro Aberto, juntamente com Irene
Cruz e João Lourenço, e ali representou diversos autores (Peter Weiss, Bertolt
Brecht, Boris Vian, etc.).
Encenou
“É preciso continuar” de Luiz Francisco Rebello. Em 1985, fez a comédia “Pouco
Barulho”, com Nicolau Breyner, passando depois pela Companhia Teatral do
Chiado, onde – ao lado de Mário Viegas – participou na peça “À espera de
Godot” de Samuel Beckett.
Em
2004, a sua interpretação em “O Fazedor de Teatro” de Thomas Bernard, com
Joaquim Benite, na Companhia de Teatro de Almada, valeu-lhe uma Menção
Honrosa da Crítica. Foi ainda presença regular na televisão, em novelas e
séries, durante os anos 1980/90. Popularizou-se no papel de professor na
série “As Lições do Tonecas” (1996/1998). Em 2005, foi director de
escola na série “O Clube das Chaves” na TVI.
Morais
e Castro era licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade
de Lisboa (1964), tendo exercido a advocacia. Foi dirigente do Partido
Comunista Português.
Casou
a primeira vez, em Abril de 1961, com Marília Vitória Martins Gomes Leão, de
quem teve dois filhos. Casou-se pela segunda vez com a actriz Linda Silva.
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