EFEMÉRIDE
– Albano Dias Martins, poeta português, nasceu na aldeia do Telhado,
concelho do Fundão, em 6 de Agosto de 1930.
Formado
em Filologia
Clássica pela Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa, foi professor do Ensino Secundário de 1956 a 1976. Ingressou
em 1980 nos quadros da Inspecção-Geral de Ensino, reformando-se em 1993.
Presentemente, é professor na Universidade Fernando Pessoa, no Porto.
Albano
Martins foi um dos fundadores da revista “Árvore” e colaborador da “Colóquio-Letras”
e “Nova Renascença”. É autor de cerca de 30 livros de poesia, publicados
entre 1950 e 2006.
Fez várias
traduções, entre as quais: “O Essencial de Alceu e Safo” (1986), “Cantos
de Giacomo Leopardi” (1986), “Cântico dos Cânticos” (1988), “O
Aprendiz de Feiticeiro” (1992), “Dez Poetas Italianos Contemporâneos”
e “Os Versos do Capitão” (1996). Traduziu igualmente poemas de vários
autores espanhóis, como Jorge Gillén e Rafael Alberti.
Organizou
para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1987) uma antologia do poeta
simbolista português Eugénio de Castro, antecedida de um prefácio de sua
autoria.
Poemas
seus estão incluídos em diversas antologias e volumes colectivos, como: “Poesia
70” (1971), “800 Anos de Poesia Portuguesa” (1973), “Escritores
Modernos da Beira Baixa” (1988) e “O Poeta e a Cidade” (1996).
Tem
colaboração, em prosa e verso, dispersa por muitos jornais e revistas, portuguesas
e estrangeiras (sobretudo no Brasil e em Espanha).
Participou
em diversos eventos literários, designadamente – desde 1985 – em nove Congressos
Brasileiros de Língua e Literatura, na Universidade
do Rio de Janeiro. Durante a realização destes congressos, a sua poesia não
só foi objecto de análise em mesas-redondas integradas por professores
universitários brasileiros e portugueses, como ainda foi tema de cursos a ela
exclusivamente dedicados e ministrados em paralelo. Em Julho
de 1989, o congresso foi especialmente dedicado aos seus 40 anos de vida literária,
que então se completavam.
É
membro da Associação Portuguesa de Escritores, do P.E.N. Clube
Português, da Associação Portuguesa de Tradutores, da Associação
Galega da Língua (AGAL) e membro honorário da Academia
Cabofriense de Letras (Rio de Janeiro).
Integrou,
no início da década de 1980, juntamente com os poetas Alberto de Serpa,
Fernando Guimarães, José Augusto Seabra e Saul Dias, a comissão instaladora do Museu
Nacional de Literatura, sediado no Porto. Entre 1983 e 1989, foi membro da
direcção da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
Em
1987, foi-lhe atribuído o Prémio de Tradução instituído pela Sociedade
de Língua Portuguesa, de Lisboa, a pretexto da publicação, no ano anterior,
de “O Essencial de Alceu e Safo” e “Cantos de Giacomo Leopardi”.
Em 1993, o Prémio Eça de Queirós de Poesia, da Câmara Municipal de
Lisboa, foi atribuído ao seu livro “Uma Colina para os Lábios”.
Em
1986, quando da realização do XVIII Congresso Brasileiro de Língua e
Literatura, foi-lhe atribuída a Medalha Oskar Nobiling de Mérito Cultural.
Poemas
seus estão traduzidos em espanhol, inglês, chinês (cantonense) e japonês. A sua
obra mereceu a atenção de alguns dos mais importantes críticos e ensaístas
portugueses contemporâneos, nomeadamente António Ramos Rosa, Eduardo Lourenço,
Eduardo Prado Coelho e Maria Lúcia Lepecki.
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