EFEMÉRIDE
– Witold Marian Gombrowicz, escritor polaco, nasceu em Małoszyce no
dia 4 de Agosto de 1904. Morreu em Vence, França, em 24 de Julho de 1969. As
suas obras caracterizam-se por uma profunda análise psicológica, um certo
sentido do paradoxo e do absurdo, e ainda um “travo” anti-nacionalista.
Tendo
por origem uma família nobre originária da Lituânia, estudou Direito na Universidade
de Varsóvia e, depois, Filosofia e Economia no Instituto
de Altos Estudos Internacionais de Paris.
Em
1937, publicou o seu primeiro romance, “Ferdydurke”, onde se encontram
muitos dos temas abordados nas suas obras: os problemas da imaturidade e da
juventude, a criação da identidade por meio da interacção social e um exame
irónico e crítico do papel das classes na sociedade e cultura da Polónia do
início do século XX.
Tendo
feito uma viagem à Argentina para uma curta estadia em 1939, a invasão da
Polónia pela Alemanha nazi dissuadiu-o de regressar à Europa. Acabou por ficar
24 anos em Buenos Aires. A
sua vida no meio do povo argentino e os raros contactos com intelectuais da
emigração polaca são contados no seu “Diário”, publicado em Paris na
revista polaca “Kultura”.
Gombrowicz
só voltou à Europa em 1963, primeiro a Berlim graças a uma bolsa da Fundação
Ford. No ano seguinte, instalou-se em França, em Royaumont, perto de Paris.
Contratou como secretária Rita Labrosse, uma canadiana de Montreal, que se tornou
depois sua companheira e com quem viria a casar no final de 1968.
Em
Setembro de 1964, mudou-se definitivamente para Vence, perto de Nice, uma
pequena vila onde residiam numerosos artistas e escritores. Em 1967, a sua novela
“Kosmos” recebeu o Prémio Internacional de Literatura. Morreu
dois anos depois, devido a insuficiência cardíaca e após de uma longa doença.
A
edição francesa de dois dos seus romances, nos anos 1960, trouxe-lhe o
reconhecimento público e a fama no fim da vida. Actualmente, é considerado um
dos maiores nomes da literatura polaca e influenciou numerosos escritores, como
Milos Kundera.
Em
Portugal, algumas das suas obras foram traduzidas por Luísa Neto Jorge e
levadas à cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
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