sexta-feira, 13 de junho de 2025

13 DE JUNHO - MATEUS VICENTE DE OLIVEIRA

EFEMÉRIDE - Mateus Vicente de Oliveira, arquitecto português, nasceu em Barcarena (Oeiras) no dia 13 de Junho de 1706. Morreu nos Anjos (Lisboa), em 16 de Março de 1785.

Na qualidade de “Architeto das Reaes Obras”, foi o principal responsável pela arquitectura e acompanhamento dos edifícios monumentais que então se construíram em Portugal no século XVIII.

Filho dos alfaiates Domingos João e Mariana de Oliveira da Purificação, cresceu em Barcarena e, apesar de ser oriundo de uma família modesta, o ofício dos pais permitiu-lhe adquirir os estudos necessários para, em 1750, ter sido capaz de se habilitar a um processo de Leitura de Bacharéis para o cargo de Inquiridor e Distribuidor da cidade de Coimbra, que daria impulso à sua carreira e lhe abriria as portas para os futuros trabalhos.

Foi o principal discípulo de João Frederico Ludovice (1673/1752), durante a construção do Palácio Nacional de Mafra, que rivalizou a construção do Palácio Real do Escorial. Oliveira exprimiu-se especialmente através dos estilos arquitectónicos barroco e rococó.

Foi como arquitecto da Casa do Infantado, à época do infante D. Pedro, irmão do rei José I, que projectou a obra pela qual é mais conhecido, o Palácio Real de Queluz. Este ainda não havia sido concluído quando, na decorrência do terramoto de 1755, o arquitecto foi requisitado pelo Marquês de Pombal para colaborar nos trabalhos de reconstrução de Lisboa. Como arquitecto do Senado da Câmara desta cidade, esboçou a nova Igreja de Santo António de Lisboa, cuja fachada revela forte influência de Borromini, uma das suas principais fontes de inspiração.

Em 1779, criou a planta da Basílica da Estrela, em Lisboa. A igreja permaneceu incompleta até à época da morte de Oliveira, mas foi continuada por Reinaldo Manuel dos Santos (1731/1791), responsável pelos detalhes clássicos da fachada. Outro projecto notável de sua autoria foi a Igreja de Santa Quitéria, em Meca (Alenquer).

Mateus Vicente de Oliveira concebeu ainda a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Lisboa, e respondeu pela remodelação das Igrejas do Mosteiro do Lorvão, em Penacova, e de Santa Luzia e São Brás, em Lisboa.

Já no âmbito da ourivesaria, é atribuído ao arquitecto o desenho de pelo menos dois trabalhos de reconhecido valor, as custódias da Bemposta e do Mosteiro do Lorvão.

Faleceu aos 78 anos, no dia do 51º aniversário da sua esposa, no Palácio da Bemposta, à época, conhecido como Paço da Rainha da Grã-Bretanha, como consta do seu registo de óbito, na paróquia dos Anjos, em Lisboa, em cuja igreja foi sepultado.

Foi casado desde 1753 com Maria Micaela de Jesus do Amaral, de quem teve sete filhos: Ana Joaquina Mónica, Joana Rita, Tomásia Rosa, Manuel Vicente de Oliveira, Maria Teodora de Oliveira e Amaral, Mariana Perpétua e António Vicente de Oliveira.

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