EFEMÉRIDE
– Aldo Luigi Romero Moro, jurista, professor e político italiano,
morreu em Roma (ou arredores) no dia 9 de Maio de 1978. Nascera em Maglie,
em 23 de Setembro de 1916.
Professor
de Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade de Bari
desde 1949, Aldo Moro filiou-se no ano seguinte na Federação Universitária
dos Católicos Italianos, tornando-se depois seu presidente. Após a Segunda
Guerra Mundial, foi eleito para a Assembleia Constituinte, participando
assim na feitura da nova constituição. Em 1948, foi reeleito para a Câmara dos
Deputados, onde ficou até à sua morte.
Ocupou
vários cargos governamentais entre 1948 e 1976. Foi secretário da Democracia
Cristã em 1960/63 e presidente deste partido de 1976 até ao seu
falecimento.
Jurista
de renome, foi docente da Faculdade de Ciências *Políticas na Universidade
de Roma, de 1960 a 1978.
Durante
os anos 1970, Moro dedicou toda a sua atenção ao projecto de Enrico
Berlinguer no sentido de ser encontrado um Compromisso Histórico. Aquele
dirigente do Partido Comunista Italiano propunha uma aliança entre
comunistas e democratas cristãos, numa época de grave crise económica, política
e social em Itália. Moro
foi um dos que mais lutaram pela formação de um “governo de solidariedade
nacional”.
Ocupou
por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro, nos períodos 1963/68 e 1974/76),
em governos de centro-esquerda, mas nunca conseguiu formar um governo de
coligação correspondente ao Compromisso Histórico.
Sequestrado
em 16 de Março de 1978 pelo grupo guerrilheiro Brigadas Vermelhas, foi
assassinado depois de 55 dias de cativeiro. O corpo foi encontrado no próprio
dia da sua morte, no porta-bagagem de uma viatura.
Moro,
quando foi sequestrado, ia a caminho de uma sessão da Câmara de Deputados, em
que seria discutido um voto de confiança no novo governo de Giulio Andreotti,
que tinha o aval do PCI e que seria a primeira aplicação prática do Compromisso
Histórico, perfilhado por Aldo Moro e Berlinguer.
As Brigadas
Vermelhas tinham proposto poupar a vida de Aldo Moro, em troca da
libertação de vários dos seus correligionários que se encontravam detidos. Há
várias teorias acerca dos motivos da recusa do governo italiano em negociar a
libertação de Aldo Moro e também sobre os verdadeiros interesses envolvidos no
seu sequestro e morte. Segundo o historiador Sergio Flamigni, as Brigadas
Vermelhas teriam sido manipuladas pelos serviços secretos americanos de
modo a justificar a manutenção de uma estratégia de tensão e a manter o PCI
afastado das esferas do poder.
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