EFEMÉRIDE
– John Edward “Jack” Hawkins, actor britânico, nasceu em Wood Green no dia 14 de
Setembro de 1910. Morreu em Chelsea, em 18 de Julho de 1973.
Actor
de cinema muito popular nos anos 1950/60, Jack Hawkins inscreveu o seu
nome e o seu carisma nos genéricos de várias obras-primas, como “A Terra dos
Faraós”, “A Ponte do rio Kwai”, “Ben-Hur” ou “Lawrence da
Arábia”, antes de conhecer um destino trágico, ao perder a voz devido a um
cancro.
Aos
13 anos, Jack Hawkins inscreveu-se numa escola de arte dramática, The Italia
Conti Academy Of Theatre Arts, em Londres, onde se estreou na peça “Where
the Rainbow Ends” em 1923. No ano seguinte, apareceu noutra peça e ao lado
de Lawrence Olivier. Cinco anos mais tarde, actuou na Broadway, em “Journey's
End”.
Incentivado
pela crítica, iniciou-se no cinema, mas ainda em filmes que não ultrapassavam
as fronteiras do Reino Unido.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, depois da derrota francesa, alistou-se como
voluntário nos Royal Welsh Fusiliers. Foi colocado na Índia, encarregado
do treino das tropas e, em 1944, foi promovido a coronel comandante de um
departamento que tinha por finalidade proporcionar divertimentos ao pessoal das
forças armadas britânicas.
Depois
da desmobilização, assinou um contrato com Alexandre Korda e entrou em vários
filmes de sucesso. Protagonizou nomeadamente “Primeira Desilusão” de
Carol Reed (1948) e “A Rosa negra” de Henry Hathaway, com Orson Welles.
Começou a dar réplica a grandes nomes de Hollywood, como James Stewart e
Marlène Dietrich.
Para
os prestigiosos Ealing Studios, desempenhou “O Mar cruel”, onde
incarnou o comandante de um navio de guerra em apuros.
A
partir de 1955, foi a consagração – Howard Hawks escolheu-o para interpretar Khéops
em “A Terra dos Faraós”. Dois anos depois, David Lean colocou-o como
cabeça de cartaz de “A Ponte do rio Kwai”. Passou a ser solicitado pelos
maiores realizadores e tornou-se o actor britânico mais popular na época.
Foi-lhe
diagnosticado entretanto um cancro no esófago, devido seguramente aos seus três
maços de tabaco diários. Depois de uma ablação da laringe, perdeu o uso da voz
e os seus papéis passaram a ser dobrados (com o seu acordo) pelos actores Robert
Rietty e Charles Gray.
Continuou
a actuar até 1972. Decidido a fazer o implante de uma laringe artificial,
partiu para os Estados Unidos a fim de ser operado. Devido a complicações,
voltou a Inglaterra e foi hospitalizado no St. Stephen's Hospital em Londres. Acabou
por sucumbir aos 62 anos, vítima de uma hemorragia. A sua autobiografia, “Anything
For a Quiet Life”, foi publicada postumamente.
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