EFEMÉRIDE
– Guilherme Valdemar Pereira d'Oliveira Martins, jurista e político
português, nasceu em Lisboa no dia 23 de Setembro de 1952.
Licenciado
em Direito e mestre em Ciências
Jurídico-Económicas , foi assistente na Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, de 1977 a 1985, consultor
jurídico dos Ministérios das Finanças e da Indústria e Comércio,
entre 1975 e 1986, e director dos Serviços Jurídicos da Direcção-Geral
do Tesouro. Entre 1987 e 1995, foi também professor auxiliar convidado na Universidade
Internacional em Lisboa.
Foi
militante fundador da Juventude Social Democrata em 1974 e
secretário-geral adjunto do Partido Popular Democrático, sendo líder
Francisco Sá Carneiro. Abandonou este partido em Abril de 1979, na cisão que
deu origem à Acção Social Democrata Independente, acompanhando Joaquim
Magalhães Mota, António Sousa Franco, Sérvulo Correia e outros. Iniciava assim
a sua aproximação ao Partido Socialista. No mesmo ano, foi chamado a
exercer funções como chefe de gabinete de António Sousa Franco, então ministro
das Finanças do governo de Maria de Lourdes Pintasilgo. De 1980 a 1983, foi
deputado à Assembleia da República, já eleito pelo PS.
Em
1985, envolveu-se na primeira candidatura presidencial de Mário Soares, como
membro da Comissão Política e porta-voz do MASP – Movimento de Apoio
Soares à Presidência. Com a vitória de Soares, foi designado assessor
político da Casa Civil do Presidente da República, função que
desempenhou até 1991.
Com
a chegada de António Guterres ao governo, em 1995, Oliveira Martins foi chamado
a ocupar os cargos de secretário de estado da Administração Educativa,
de 1995 a 1999; ministro da Educação, até 2000; ministro da Presidência,
de 2000 a 2002; e ministro das Finanças, entre 2001 e 2002.
Foi
presidente do Tribunal de Contas entre 2005 e 2015 e, por inerência, do Conselho
de Prevenção da Corrupção, de 2008 a 2015. Desde 2003, é professor
catedrático convidado da Faculdade de Direito da Universidade Lusíada
de Lisboa e, desde 2008, também do Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa. É presidente do Centro
Nacional de Cultura desde 2003. Em Outubro de 2015, foi cooptado como
membro executivo do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian,
sucedendo a Eduardo Marçal Grilo.
Entre
os restantes cargos que exerceu, contam-se os de representante da Assembleia
da República na Convenção para o Futuro da Europa, secretário-geral
da Comissão Portuguesa da Fundação Europeia da Cultura, presidente da SEDES,
vogal do Conselho de Administração da Fundação Mário Soares e
vice-presidente da Comissão Nacional da UNESCO (1988/1994).
Em Março
de 1996, foi agraciado com a Medalha de Grande-Oficial da Ordem do Infante
D. Henrique. É sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa
(eleito em Maio de 2010), membro efectivo da Academia de Marinha (eleito
em Dezembro de 2014) e Académico de Mérito da Academia Portuguesa de
História (eleito em Julho de 2015). Em Novembro de 2015, recebeu do presidente
da República a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Entre
as condecorações recebidas, de salientar ainda a Comenda da Ordem de Isabel
a Católica (Espanha), a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul (Brasil)
e o grau de Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra (França).
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