EFEMÉRIDE
– Ana Cláudia Moura Pereira, fadista portuguesa, nasceu em Santarém
no dia 17 de Setembro de 1979.
Os
pais cantavam em festas familiares e, aos seis anos, Ana Moura já cantava o “Cavalo
Ruço” e ouvia frequentemente a progenitora trautear “O Xaile de Minha
Mãe”. Na adolescência, altura em que se mudou para Carcavelos, passou a
frequentar a Academia dos Amadores de Música.
Apesar
do seu interesse pelo fado, começou por actuar numa banda de pop/rock, os Sexto
Sentido, formado com colegas de escola.
Certo
dia, num bar em Carcavelos, Ana Moura cedeu à tentação e cantou um fado, impressionando
o guitarrista António Parreira, que estava presente na sala e tomou a
iniciativa de a apresentar à fadista Maria da Fé. Contratada por esta para a
casa de fados Senhor Vinho, Ana Moura teve ali uma verdadeira escola,
onde beneficiou dos ensinamentos de Maria da Fé e de Jorge Fernando.
Os
dotes da jovem fadista também conquistaram o jornalista Miguel Esteves Cardoso
que, de forma indirecta, contribui para a gravação do seu primeiro álbum. O
acaso ocorreu depois de Esteves Cardoso ver Ana Moura numa das suas primeiras
aparições na televisão, no programa da RTP Internacional “Fados de
Portugal”, conduzido por António Pinto Basto. Esteves Cardoso resolveu
escrever uma crónica sobre ela em “O Independente”. A crónica foi lida
por Tozé Brito, então administrador da Universal, que resolveu ir ao Senhor
Vinho e logo lhe propôs a gravação do primeiro disco – “Guarda-me a Vida
na Mão” (2003).
“Aconteceu”
(2004) e “Para Além da Saudade” (2007) foram os álbuns seguintes, este
último com músicas como “Os Búzios” ou “O Fado da Procura”. Com
este disco, Ana Moura chegou finalmente ao grande público. O álbum alcançou a
tripla platina, por vendas superiores a 55 mil unidades, levando a cantora a
permanecer muitas semanas no Top 30 de Portugal. Com o mesmo disco, foi
nomeada para os Globos de Ouro, na categoria de Música, Melhor
Intérprete Individual.
Em
2007, participou no concerto dos Rolling Stones no Estádio Alvalade
XXI, cantando, em dueto com Mick Jagger, o tema “No Expectations”.
Depois
de dois grandes concertos nos Coliseus do Porto e de Lisboa, Ana Moura
lançou finalmente, em Novembro de 2008, o seu primeiro DVD ao vivo, que obteve
grande sucesso junto do público.
Reconhecida
internacionalmente como uma voz raríssima de contralto, chegou também ao
reconhecimento dos seus pares e, em 2008, recebeu o Prémio Amália de Melhor Intérprete.
Em
2009, o norte-americano Prince confessou-se fã da fadista, mostrando interesse
em colaborar musicalmente com ela, o que veio a acontecer no Festival de
Verão Super Bock Super Rock, em 2010.
“Leva-me
aos Fados”, disco lançado em Outubro de 2009, foi Disco de Platina,
estando semanas consecutivas no Top 10 dos discos mais vendidos. O álbum
incluía ainda outros fados como “Caso Arrumado”, “Rumo ao Sul” e “Fado
Vestido de Fado”.
Ana
Moura recebeu, em Maio de 2010, o Globo de Ouro de Melhor Intérprete
Individual, para o qual estava nomeada juntamente com artistas como
Carminho, David Fonseca e Rodrigo Leão.
Em
Março de 2011, foi nomeada para Best Artist Of The Year, um dos
importantes prémios da prestigiada revista inglesa de música “Songlines”.
Em Junho e Julho do mesmo ano, efectuou uma digressão aos Estados Unidos e ao
Canadá, que incluiu concertos em quatro famosos festivais de Jazz – S. Francisco,
nos Estados Unidos, e Vancouver, Montreal e Otava, no Canadá. Em Montreal, foi
uma das cabeças de cartaz do 32º. Festival de Jazz Internacional.
Em
Novembro de 2012, foi lançado o quinto disco da cantora – “Desfado”. O
álbum teve grande sucesso, permanecendo no primeiro lugar do Top 30 de
Portugal durante muito tempo. Juntamente com o lançamento do álbum, Ana Moura
fez uma tournée pelo país e pelo estrangeiro, actuando nos Estados Unidos.,
Canadá, México, Reino Unido, Áustria, Holanda, Alemanha, Noruega, Bélgica e
Angola.
Em
Janeiro de 2015, foi feita comendadora da Ordem do Infante D. Henrique. No
final do mesmo ano, lançou um álbum intitulado simplesmente “Moura”.
Em
2016, recebeu um Globo de Ouro na categoria de Melhor Música, com
“Dia de Folga”. É actualmente uma das fadistas mais conceituadas de
Portugal, pelo seu excelente timbre de voz, beleza e enorme simpatia para com o
público.
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