EFEMÉRIDE
– Stanisław Ignacy Witkiewicz (“Witkacy”), panfletário, dramaturgo,
romancista, pintor, fotógrafo e filósofo polaco, nasceu em Varsóvia no dia 24
de Fevereiro de 1885. Morreu em Jeziory, actualmente em território
ucraniano, em 18 de Setembro de 1939.
Witkiewicz
passou a infância em Zakopane, recebendo uma educação liberal. Em 1910,
escreveu um longo romance que só foi publicado postumamente. Quatro anos mais
tarde, a noiva suicidou-se. Desesperado, decidiu partir para a Nova Guiné. Amigo
de infância de Malinowski, fundador da antropologia cultural, colaborou inicialmente
com ele na expedição à Austrália, actuando como pintor, fotógrafo e secretário.
Foi
oficial do Exército Russo durante a Primeira Guerra Mundial (a Polónia
estava então sob tutela da Rússia). Depois, entre 1918 e 1926, escreveu mais de
trinta peças teatrais, algumas das quais foram representadas naquela época. Simultaneamente,
pintou numerosas telas. Tornou-se notado e célebre pelas suas excentricidades.
Elaborou
o conceito de “forma pura” na arte, sendo um dos autores polacos mais
traduzidos. Suicidou-se, cortando as veias da garganta, quando fugia da invasão
do exército soviético em Setembro de 1939.
Witkiewicz
foi uma das figuras principais do teatro polaco e da chamada vanguarda europeia
no início do século passado, antecipando assim o teatro que seria chamado
posteriormente “teatro “do absurdo”.
Por
curiosidade, diga-se que Witkiewicz nunca foi encenado em Portugal. Uma única
vez, e em francês, foi tentado mostrar uma das suas obras (proibida pela
censura do Estado Novo).
Há
apenas tradução em português de uma peça teatral de Witkiewicz, elaborada por
Luís Francisco Rebelo. Trata-se de “A Mãe”, publicada pela editora Prelo,
em 1972.
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