EFEMÉRIDE
– Jules-Fernand-Henri Léger, pintor, criador de tapeçarias e vitrais,
decorador, ceramista, escultor, desenhador e ilustrador francês, nasceu em Argentan
no dia 4 de Fevereiro de 1881. Morreu em Gif-sur-Yvette, em 17 de Agosto de
1955.
Iniciou
a sua formação artística aos catorze anos, sendo aprendiz de um arquitecto em Caen. Em 1900, rumou para
Paris, onde ingressou na Escola de Artes Decorativas, após uma tentativa
frustrada de ingressar na Escola das Belas-Artes.
Em
1908, e na mesma cidade, instalou-se num edifício conhecido como “Ruche”
(colmeia), onde conviveu com outros artistas, como Blaise Cendrars, Max Jacob, Guillaume
Apollinaire, Robert Delaunay e Marc Chagall, de quem se tornou um dos melhores
amigos.
Entre
1909 e 1910, realizou a sua primeira grande obra, “Nus no bosque”, uma
pintura onde são notáveis as aspirações impressionistas.
A
partir do de 1911, conheceu Pablo Picasso e Georges Braque, os quais lhe
transmitiram influências cubistas, nas quais se aplicou e trabalhou
durante a maior parte da sua carreira.
Em
1914, com o início da Primeira Grande Guerra, Léger foi recrutado para
as trincheiras. Após esta etapa da sua vida, a pintura de Fernand Léger passou
a representar a sua admiração pelos objectos mecânicos, tendo especial interesse
pelos tanques de guerra.
A
partir de 1920, passaram a predominar na sua obra as figuras humanas,
enquadradas por elementos industriais. Ainda na segunda década do século, numa
nova fase da sua vida, produziu e dirigiu o filme “O ballet mecânico”.
Devido
à Segunda Grande Guerra, exilou-se nos Estados Unidos, onde foi
professor na Universidade de Yale e no Mills College, tendo
voltado para França em 1945.
De
volta à sua terra natal, concebeu os 17 vitrais da Igreja do Sacré-Coeur
de Audincourt e um painel para o Palácio das Nações Unidas de Nova
Iorque.
Em
1945, filiou-se no Partido Comunista, no qual militou até ao fim da vida,
e a sua obra passou a focar o trabalhador e o proletariado.
Pintou,
em 1954, o seu mais conhecido quadro, “A grande parada”. Em 1955, ano do
seu falecimento, foi homenageado com o prémio da Bienal de São Paulo.
O
trabalho de Léger exerceu uma influência importante no construtivismo
soviético. Os modernos posters comerciais e outros tipos de arte aplicada,
também foram influenciados pelos seus desenhos.
Em
Biot (Alpes Marítimos), o Museu Nacional Fernand Léger, mandado erigir
por sua esposa Nadia Léger e por Georges Bauquier, expõe a maior colecção das
suas obras. Em 1969, o museu foi doado por ambos ao Estado francês (o terreno,
a construção e uma colecção de mais de trezentas obras).
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