EFEMÉRIDE
– Sarah Kane, dramaturga inglesa, nasceu em Brentwood (Essex) no dia 3 de Fevereiro
de 1971. Morreu em Londres, em 20 de Fevereiro de 1999. A sua obra
caracteriza-se pela profundidade psicológica dos personagens e por imagens
agressivas e chocantes.
Sarah
Kane estudou Teatro na Universidade de Bristol, especializando-se
em Artes na Universidade de Birmingham.
Mel
Kenyon ficou encantado com a sua peça “Blasted” (“Ruínas”), uma
produção estudantil, e tornou-se seu agente. A partir daí, os seus trabalhos
passaram a ser representados no Royal Court Theatre, sendo logo
reconhecidos e encenados em todo o mundo.
Sarah
utilizou o pseudónimo “Marie Kelvedon” para escrever “Crave”, criando
uma pequena biografia para o seu alter-ego. Tal medida foi tomada como forma de
fugir ao furor dos críticos que haviam mal reagido à peça “Blasted”,
caracterizando-a como «repugnante e obscena» e de ser escrita por «uma
adolescente suicidária e frustrada». No entanto, numerosos actores e
escritores de renome tinham gostado da obra, entre eles o consagrado Harold
Pinter.
Uma
depressão fez com que a dramaturga fosse internada por duas vezes em hospitais
psiquiátricos. Nesse período extremamente conturbado, escreveu “4.48
Psychosis”, a sua última peça e a mais radical. Numa narrativa densa,
fragmentada, não linear, evidenciou uma mente conturbada, depressiva e
esquizofrénica, à beira da loucura (segundo a trama desta obra, 4:48 seria a
hora em que a maioria dos suicídios acontecem).
Este
texto só foi publicado e encenado após a sua morte, no Royal Court Theatre,
em Junho de 2000, sob a direcção de James MacDonalds, o mesmo que produzira “Blasted”.
A
depressão fez com que Sarah Kane tentasse o suicídio sem sucesso com pílulas
para dormir mas, em Fevereiro de 1999, a escritora enforcou-se numa casa de
banho do London's King's College Hospital. Tinha apenas 28 anos.
Na
actualidade, Sarah é considerada a maior dramaturga do final do século XX na
Inglaterra, sendo as suas obras encenadas frequentemente por todo o mundo. Além
de várias peças teatrais, escreveu o guião para o filme “Skin”.
Sem comentários:
Enviar um comentário