EFEMÉRIDE
– Rosa de Lima, mística da Ordem Terceira Dominicana canonizada pelo
Papa Clemente X em 1671, nasceu em Lima no dia 20 de Abril de 1586. Morreu
igualmente na capital peruana em 30 de Agosto de 1617. Foi a primeira santa das
Américas e é padroeira do Peru e da América Latina.
O
seu nome de baptismo era Isabel Flores y Oliva, mas a sua extraordinária beleza
motivou a mudança do nome de Isabel para Rosa.
O pai
era espanhol e a mãe peruana. Tinha dez irmãos. Aos 4 anos (1590), já saberia
ler sem nunca ter aprendido. Os pais (antes, ricos) empobreceram devido ao
insucesso numa empresa de mineração. Rosa cresceu na pobreza, trabalhando na
terra e na costura até altas horas da noite, para ajudar no sustento da
família. Cultivava também rosas no seu próprio jardim e vendia-as no mercado.
Diz-se que tocava viola e harpa e que tinha uma voz doce e melodiosa. Além de
muito bela, Rosa era tida como a moça mais virtuosa e prendada de Lima.
Foi
pretendida pelos jovens mais ricos e distintos de Lima e arredores, mas a todos
rejeitou, «por amar a Cristo como esposo». Em idade de casar, fez o voto
de castidade e tomou o hábito da Ordem Terceira Dominicana (1606), após
lutar contra o desejo contrário dos pais.
Construiu
uma cela estreita e pobre no fundo do quintal da casa dos pais e começou a levar
uma vida religiosa, penitenciando o corpo com jejuns e cilícios dolorosos. Foi
extremamente bondosa e caridosa para com todos, especialmente para com os
índios, negros, crianças abandonadas e idosos, aos quais prestava os serviços
mais humildes em caso de doença.
Segundo
relatos dos seus biógrafos e dos amigos que a acompanharam, entre os quais o
seu confessor, «pela sua piedade e devoção, Rosa recebeu de Deus o dom dos
milagres». Também é afirmado que tinha constantemente junto a si o seu Anjo
da Guarda, com quem conversava. Ainda em vida, foram-lhe atribuídos muitos
favores, milagres de curas, conversões, propiciação de chuvas e até mesmo o
impedimento da invasão de Lima pelos piratas holandeses em 1615.
Apesar
de agraciada com experiências místicas fora do comum, nunca lhe faltou a “cruz”:
sofrimentos provindos de duras incompreensões e perseguições. Nos últimos anos
de vida, teve também sofrimentos físicos e dores agudas devidas à prolongada
doença que a levou à morte, aos 31 anos de idade.
As suas
últimas palavras foram «Jesus está comigo!». O seu túmulo tornou-se
palco de milagres, assim como os lugares onde viveu e trabalhou pela causa da
Igreja. Conta-se que o Papa Clemente hesitava em elevá-la aos altares, mas foi
convencido após presenciar uma milagrosa chuva de pétalas de rosa que caiu
sobre si, vinda do céu, e que ele atribuiu a Rosa de Lima.
Perto
de Lisboa, em Belas, existe o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado
Coração de Jesus – Casa de Saúde de Santa Rosa de Lima.
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