EFEMÉRIDSE
– James Earl Ray, criminoso norte-americano condenado a prisão perpétua pelo
assassinato (Memphis, 4/4/1968) do pastor e Prémio Nobel da Paz Martin
Luther King, morreu em Nashville no dia 23 de Abril de 1998. Nascera em Alton,
em 10 de Março de 1928.
James
acreditava que Martin era um traidor e que instigava as pessoas para as suas
marchas com a finalidade de parar e enfraquecer o país, politica e
economicamente. Já tinha cometido actos racistas antes deste crime. Veio a
morrer devido a problemas de hepatite C e insuficiência hepática.
Earl
Ray era um franco-atirador e militante segregacionista. Dois meses depois do
crime, foi preso no aeroporto de Londres Heathrow quando tentava deixar o Reino
Unido com a ajuda da mulher e com um falso passaporte canadiano em nome de Ramon
George Sneyd.
Só
confessou o crime em 10 de Março de 1969, mas negou-o três dias depois. A
conselho do advogado, porém, acabou por se declarar culpado para evitar a pena
de morte, sendo então condenado a prisão perpétua.
Posteriormente,
Ray dispensou o advogado e declarou que os culpados do crime eram um tal
“Raoul” e o seu irmão Johnnny, que ele conhecera em Montreal. Contou ainda
que «não tinha disparado sobre King» mas que «podia ser parcialmente
responsável sem o saber», indicando uma pista de conspiração. Passou o
resto da vida a tentar em vão anular a sua condenação e reabrir o processo.
Em
10 de Junho de 1977, depois de ter testemunhado para uma comissão do Congresso
americano, negando ter assassinado Luther King, evadiu-se da penitenciária de Brushy
Mountain no Tennessee, sendo recapturado três dias depois.
Em
1999, um ano após a morte de Ray, Coretta Scott King, a viúva de Martin Luther,
e o resto da família ganharam um processo civil contra Loyd Jowers e “outros
conspiradores”. Em Dezembro de 1993, Jowers tinha aparecido no horário nobre da
ABC News, revelando detalhes de uma conspiração, que implicava a máfia e
o governo na morte de King. Durante o processo, relatou também ter recebido 100
000 dólares para organizar o assassínio de Martin Luther King. O Júri composto
de 6 Negros e 6 Brancos, considerou Jowers culpado, acrescentando que «algumas
agências federais estavam associadas» ao complot. A família de M. L. King não
acredita que Earl Ray tivesse sido o autor do atentado.
Finalmente,
em 2000, o Departamento da Justiça dos Estados Unidos terminou um inquérito
sobre aquelas revelações, não tendo encontrado provas que demonstrassem a
existência de uma conspiração. O relatório recomendou ainda que não devia ser
reaberto o processo, enquanto não forem apresentados novos factos fiáveis.
O mínimo
que se poder dizer é que se trata de um processo extremamente confuso e pouco
convincente.
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