EFEMÉRIDE
– Alberto de Oliveira, de seu verdadeiro nome António Mariano
de Oliveira, poeta e professor brasileiro, nasceu em Saquarema no dia 28 de Abril
de 1857. Morreu em Niterói, em 19 de Janeiro de 1937.
Foi
secretário estadual de Educação, membro honorário da Academia de Ciências de
Lisboa e imortal fundador da Academia Brasileira de Letras. Adoptou
o nome literário Alberto de Oliveira logo no livro de estreia.
De
origem humilde, António foi para a capital da província, seguindo o irmão mais
velho, para trabalhar como vendedor. Ambos moravam num barracão nos fundos de
uma casa comercial.
Diplomou-se
em Magistério e Farmácia, cursando Medicina até ao
terceiro ano, mediante grande esforço pessoal, pois trabalhava simultaneamente numa
drogaria.
Viria
a destacar-se na política, como oficial de Gabinete do primeiro presidente de
Estado do Rio de Janeiro. Durante a transferência da capital do Estado, de
Niterói para Petrópolis (1894), por causa das insurreições e revoltas pró e
contra a Proclamação da República, permaneceu na ‘Cidade Imperial Serrana’, devido
à excelência do seu trabalho.
Foi professor
de Português e Literatura no Colégio Pio-Americano (1905)
e na Escola Dramática e Escola Normal (1914).
Participou
na famosa Batalha do Parnaso, ocorrida no “Diário do Rio de Janeiro”
– entre 1878 e 1881 – contra o «Ultra-romantismo piegas e já desgastado»,
juntamente com Teófilo Dias, Artur Azevedo e Valentim Magalhães. Reunidos em
torno de Artur de Oliveira, eram integrantes da vanguarda Ideia Nova, ao
lado de Fontoura Xavier, Carvalho Jr. e Affonso Celso Jr., que lhe prefaciou o “Livro
de Ema”.
Inspirados
na Arte Moderna francesa, feita por Théophile Gautier, Charles
Baudelaire e Sully Prudhomme, entre outros, fizeram a maior revolução na poesia
brasileira até então, importantíssima para a consolidação da Modernidade
do Brasil, no tocante à literatura.
Envolveu-se
com os fundadores da inovadora “Gazeta de Notícias”, publicando poemas,
posteriormente reunidos no livro “Canções Românticas” (1878). Conheceu
Machado de Assis, que lhe prefaciou “Meridionais” (1884), com edição financiada
pelo jornal, livro chave para a Ideia Nova da Nova Geração, só
mais tarde referida como “Estilo Parnasiano”.
Em
1885, publicou – a pedido dos leitores – “Sonetos e poemas”, consagrando-se
junto do público. Editou depois “Versos e rimas” (1895). Após os livros
publicados, foi convidado por Machado de Assis para a fundação da Academia
Brasileira de Letras (1897).
Com
Raimundo Correia e Olavo Bilac,
formou a tríade mais representativa da Ideia Nova da Nova Geração,
hoje chamada Parnasianismo, reunida na sua casa em Niterói e mais tarde
no seu famoso Solar da Engenhoca, situado na mesma cidade.
Nos
últimos anos de vida, proferiu várias conferências e recebeu diversas homenagens.
Foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros, pelo concurso da revista “Fon-Fon”
(1924), título que estava desocupado desde a morte de Olavo Bilac (1918).
Sem comentários:
Enviar um comentário