EFEMÉRIDE - Víctor Balaguer i
Cirera, político, jornalista, poeta,
dramaturgo e historiador espanhol, nasceu em Barcelona no dia 11 de Dezembro de
1824. Morreu em Madrid, em 14 de Janeiro de 1901. Conhecido como O trovador de Montserrat, ele foi uma
das figuras principais da Renaixença.
Era filho único de um médico que morreu em 1834, deixando-o órfão de pai ainda criança. O relacionamento com a mãe foi sempre muito difícil, pois ela queria que ele fosse médico ou advogado e ele sentia-se vocacionado para a Literatura, o que tornava a convivência entre os dois cada vez mais difícil.
Em 1838, com apenas 14 anos de idade, publicou o seu primeiro drama histórico “Pepino, o Corcunda” e muitos outros vieram depois. Em 1843, obteve fama com “Henrique, o Dadivoso”. Então, entrou em confronto com a mãe, que acabou por deserdá-lo e ele precisou de escrever cada vez mais obras para poder sustentar-se. Balaguer ingressou na Universidade de Barcelona, onde entrou em contacto com as obras de Voltaire, Rousseau, Dumas, Victor Hugo e Walter Scott, entre outros. Nessa época, começou a colaborar com o jornal “El Hongo”.
Em 1845, depois de uma acalorada discussão com a mãe, mudou-se para Madrid sem ter concluído os estudos universitários e passou a levar uma vida por conta própria na capital. Começou a trabalhar para o escritor e editor Wenceslao Ayguals de Izco, que lhe ofereceu trabalho como tradutor espanhol para escritores franceses da época, que foram publicados na colecção “Museo de las Hermosas”. Esta situação durou somente alguns meses pois, devido à incerteza económica, Balaguer voltou para Barcelona, onde continuou a trabalhar como tradutor e jornalista. Em 1847, foi nomeado Poeta Oficial do Liceu. Mais tarde, também seria o Teatrólogo Principal, o que lhe deu muita popularidade a nível local.
Em 1851, casou-se com Manuela Carbonell i Català. Um ano depois, fez uma série de palestras sobre a história da Catalunha, na Sociedade Filarmónica de Barcelona.
Durante a década de 1850, entrou em contacto com os generais Baldomero Espartero e Juan Prim y Prats e aderiu ao Partido Progressista, aumentando gradualmente o seu peso e influência dentro do partido. Foi nesse período que começou a recuperar a memória histórica da antiga Coroa de Aragão.
Também nessa época, começou a reivindicar a língua catalã como língua literária. O seu primeiro poema em catalão, “A la Verge de Montserrat”, foi publicado em 1857. Aos poucos, tornou-se muito activo no processo da Renaixença e da literatura catalã, promovendo a restauração dos Jogos Florais em Maio de 1859 e tornando-se membro do primeiro conselho. Deu também início aos seus primeiros textos historiográficos. Após os Jogos, foi para Itália trabalhar como correspondente, na Segunda Guerra de Independência Italiana. Entre 1860 e 1864, publicou em cinco volumes a “História da Catalunha e da Coroa de Aragão”, que foi um êxito de vendas sem precedentes e no qual Balaguer criticava o modelo da monarquia federal e a tradição de pactos entre as pessoas e o rei.
Entre 1865 e 1867, Balaguer ficou exilado na Provença por ter participado na conspiração do general Juan Prim y Prats. Aqui, conheceu Frédéric Mistral em 1865 e pôde participar em diversas actividades culturais.
Em 1867, voltou à Catalunha. Depois disso e durante todo o Sexénio Revolucionário envolveu-se activamente na política espanhola. Foi nomeado ministro do Exterior (1871) e das Obras Públicas (1872). Voltou a ocupar o cargo de ministro do Exterior em 1886.
A esposa morreu em 1881. Por não deixar descendentes, Víctor Balaguer entregou, em 1884, a sua pequena fortuna para a construção da Biblioteca Museu Víctor Balaguer, em Vilanova i la Geltrú, um serviço público que doou à cidade como gratidão por ter sido escolhido como membro do Parlamento por aquela localidade desde 1869. O seu legado foi colocado naquela instituição que, actualmente, conserva a sua biblioteca de 22 000 livros e a sua colecção de arte, na qual se destacam algumas peças egípcias, orientais e pré-colombianas, muito raras naquela época na Catalunha. Balaguer foi membro da Real Academia Espanhola e da Real Academia da História.
Era filho único de um médico que morreu em 1834, deixando-o órfão de pai ainda criança. O relacionamento com a mãe foi sempre muito difícil, pois ela queria que ele fosse médico ou advogado e ele sentia-se vocacionado para a Literatura, o que tornava a convivência entre os dois cada vez mais difícil.
Em 1838, com apenas 14 anos de idade, publicou o seu primeiro drama histórico “Pepino, o Corcunda” e muitos outros vieram depois. Em 1843, obteve fama com “Henrique, o Dadivoso”. Então, entrou em confronto com a mãe, que acabou por deserdá-lo e ele precisou de escrever cada vez mais obras para poder sustentar-se. Balaguer ingressou na Universidade de Barcelona, onde entrou em contacto com as obras de Voltaire, Rousseau, Dumas, Victor Hugo e Walter Scott, entre outros. Nessa época, começou a colaborar com o jornal “El Hongo”.
Em 1845, depois de uma acalorada discussão com a mãe, mudou-se para Madrid sem ter concluído os estudos universitários e passou a levar uma vida por conta própria na capital. Começou a trabalhar para o escritor e editor Wenceslao Ayguals de Izco, que lhe ofereceu trabalho como tradutor espanhol para escritores franceses da época, que foram publicados na colecção “Museo de las Hermosas”. Esta situação durou somente alguns meses pois, devido à incerteza económica, Balaguer voltou para Barcelona, onde continuou a trabalhar como tradutor e jornalista. Em 1847, foi nomeado Poeta Oficial do Liceu. Mais tarde, também seria o Teatrólogo Principal, o que lhe deu muita popularidade a nível local.
Em 1851, casou-se com Manuela Carbonell i Català. Um ano depois, fez uma série de palestras sobre a história da Catalunha, na Sociedade Filarmónica de Barcelona.
Durante a década de 1850, entrou em contacto com os generais Baldomero Espartero e Juan Prim y Prats e aderiu ao Partido Progressista, aumentando gradualmente o seu peso e influência dentro do partido. Foi nesse período que começou a recuperar a memória histórica da antiga Coroa de Aragão.
Também nessa época, começou a reivindicar a língua catalã como língua literária. O seu primeiro poema em catalão, “A la Verge de Montserrat”, foi publicado em 1857. Aos poucos, tornou-se muito activo no processo da Renaixença e da literatura catalã, promovendo a restauração dos Jogos Florais em Maio de 1859 e tornando-se membro do primeiro conselho. Deu também início aos seus primeiros textos historiográficos. Após os Jogos, foi para Itália trabalhar como correspondente, na Segunda Guerra de Independência Italiana. Entre 1860 e 1864, publicou em cinco volumes a “História da Catalunha e da Coroa de Aragão”, que foi um êxito de vendas sem precedentes e no qual Balaguer criticava o modelo da monarquia federal e a tradição de pactos entre as pessoas e o rei.
Entre 1865 e 1867, Balaguer ficou exilado na Provença por ter participado na conspiração do general Juan Prim y Prats. Aqui, conheceu Frédéric Mistral em 1865 e pôde participar em diversas actividades culturais.
Em 1867, voltou à Catalunha. Depois disso e durante todo o Sexénio Revolucionário envolveu-se activamente na política espanhola. Foi nomeado ministro do Exterior (1871) e das Obras Públicas (1872). Voltou a ocupar o cargo de ministro do Exterior em 1886.
A esposa morreu em 1881. Por não deixar descendentes, Víctor Balaguer entregou, em 1884, a sua pequena fortuna para a construção da Biblioteca Museu Víctor Balaguer, em Vilanova i la Geltrú, um serviço público que doou à cidade como gratidão por ter sido escolhido como membro do Parlamento por aquela localidade desde 1869. O seu legado foi colocado naquela instituição que, actualmente, conserva a sua biblioteca de 22 000 livros e a sua colecção de arte, na qual se destacam algumas peças egípcias, orientais e pré-colombianas, muito raras naquela época na Catalunha. Balaguer foi membro da Real Academia Espanhola e da Real Academia da História.
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