EFEMÉRIDE - Adolfo Lutz,
médico e cientista brasileiro, pai da medicina tropical e da zoologia médica no
Brasil, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de Dezembro de 1855. Morreu na mesma
cidade em 6 de Outubro de 1940. Foi pioneiro na área da epidemiologia e na
pesquisa de doenças infecciosas.
Era o terceiro filho de um casal de suíços. Os Lutz formavam uma das famílias mais tradicionais de Berna desde o século XVI. O avô de Adolfo Lutz foi uma figura de destaque na história da medicina suíça, tendo chefiado o serviço médico do exército da Confederação Helvética durante cerca de vinte anos.
Os pais de Adolfo chegaram ao Rio de Janeiro no princípio de 1850, no auge da epidemia de febre amarela que causou milhares de mortes na capital brasileira, e ali nasceram quase todos os dez filhos do casal. Em 1857, decidiram voltar a Berna, talvez motivados pela insalubridade do Rio que, além de recorrentes surtos de febre amarela, fora atingido também por uma devastadora epidemia de cólera em 1855. Adolfo tinha, portanto, dois anos quando foi conhecer a terra onde tinham nascido os seus antepassados.
Adolfo Lutz estudou medicina na Suíça, licenciando-se em 1879 na Universidade de Berna. Depois, foi estudar técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres, Lípsia (Alemanha), Viena, Praga e Paris (onde estudou com Louis Pasteur).
Regressado ao Brasil em 1881, começou por trabalhar como clínico geral em Limeira (São Paulo) durante seis anos. Desejando seguir a carreira como pesquisador, foi para Hamburgo (Alemanha), onde se especializou em doenças infecciosas e em medicina tropical.
Com o aumento da sua fama, foi convidado para assumir o cargo de director do Hospital Kalihi no Havai, onde fez pesquisas sobre hanseníase. Depois disso, trabalhou na Califórnia, antes de voltar para o Brasil em 1892, atendendo ao convite do governador de São Paulo para dirigir o Instituto de Bacteriologia. Mais tarde, este instituto seria baptizado de Instituto Adolfo Lutz em sua homenagem. A cidade de Santos sofreu uma severa epidemia de peste bubónica e Lutz foi trabalhar com outros dois jovens médicos brasileiros, Emílio Ribas e Vital Brazil. Brazil e Lutz tornaram-se amigos, sendo que este dava suporte às pesquisas pioneiras de Vital Brazil sobre antídotos para picadas de cobra, contribuindo decisivamente para a criação de outro instituto (Instituto Butantan) em São Paulo, totalmente dedicado àquele tipo de pesquisas.
Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti, uma espécie de mosquito que é um reservatório natural e vector desta doença. Foi também o responsável pela identificação do blastomicose sul-americano. A sua dedicação à saúde pública fez com que lutasse e pesquisasse sobre várias epidemias de diversas regiões do Brasil, como a cólera, peste bubónica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose e leishmaniose.
Outra das suas maiores realizações foi o seu pioneirismo sobre a Entomologia Médica e as propriedades terapêuticas das plantas brasileiras. Como zoologista, descreveu várias novas espécies de anfíbios e insectos, como o Anopheles lutzii (uma espécie de mosquito).
Depois de reformado em 1908, Adolfo Lutz mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro (Instituto Oswaldo Cruz), onde trabalhou durante mais 32 anos.
Era o terceiro filho de um casal de suíços. Os Lutz formavam uma das famílias mais tradicionais de Berna desde o século XVI. O avô de Adolfo Lutz foi uma figura de destaque na história da medicina suíça, tendo chefiado o serviço médico do exército da Confederação Helvética durante cerca de vinte anos.
Os pais de Adolfo chegaram ao Rio de Janeiro no princípio de 1850, no auge da epidemia de febre amarela que causou milhares de mortes na capital brasileira, e ali nasceram quase todos os dez filhos do casal. Em 1857, decidiram voltar a Berna, talvez motivados pela insalubridade do Rio que, além de recorrentes surtos de febre amarela, fora atingido também por uma devastadora epidemia de cólera em 1855. Adolfo tinha, portanto, dois anos quando foi conhecer a terra onde tinham nascido os seus antepassados.
Adolfo Lutz estudou medicina na Suíça, licenciando-se em 1879 na Universidade de Berna. Depois, foi estudar técnicas de medicina experimental em vários centros médicos de Londres, Lípsia (Alemanha), Viena, Praga e Paris (onde estudou com Louis Pasteur).
Regressado ao Brasil em 1881, começou por trabalhar como clínico geral em Limeira (São Paulo) durante seis anos. Desejando seguir a carreira como pesquisador, foi para Hamburgo (Alemanha), onde se especializou em doenças infecciosas e em medicina tropical.
Com o aumento da sua fama, foi convidado para assumir o cargo de director do Hospital Kalihi no Havai, onde fez pesquisas sobre hanseníase. Depois disso, trabalhou na Califórnia, antes de voltar para o Brasil em 1892, atendendo ao convite do governador de São Paulo para dirigir o Instituto de Bacteriologia. Mais tarde, este instituto seria baptizado de Instituto Adolfo Lutz em sua homenagem. A cidade de Santos sofreu uma severa epidemia de peste bubónica e Lutz foi trabalhar com outros dois jovens médicos brasileiros, Emílio Ribas e Vital Brazil. Brazil e Lutz tornaram-se amigos, sendo que este dava suporte às pesquisas pioneiras de Vital Brazil sobre antídotos para picadas de cobra, contribuindo decisivamente para a criação de outro instituto (Instituto Butantan) em São Paulo, totalmente dedicado àquele tipo de pesquisas.
Lutz foi o primeiro cientista latino-americano a estudar e confirmar os mecanismos de transmissão da febre amarela pelo Aedes aegypti, uma espécie de mosquito que é um reservatório natural e vector desta doença. Foi também o responsável pela identificação do blastomicose sul-americano. A sua dedicação à saúde pública fez com que lutasse e pesquisasse sobre várias epidemias de diversas regiões do Brasil, como a cólera, peste bubónica, febre tifóide, malária, ancilostomíase, esquistossomose e leishmaniose.
Outra das suas maiores realizações foi o seu pioneirismo sobre a Entomologia Médica e as propriedades terapêuticas das plantas brasileiras. Como zoologista, descreveu várias novas espécies de anfíbios e insectos, como o Anopheles lutzii (uma espécie de mosquito).
Depois de reformado em 1908, Adolfo Lutz mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro (Instituto Oswaldo Cruz), onde trabalhou durante mais 32 anos.
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