EFEMÉRIDE - Beverly Bayne,
de seu verdadeiro nome Pearl Beverly Bain, actriz de cinema norte-americana que
actuou especialmente na era do cinema mudo, nasceu em Minneapolis no dia 11 de Novembro
de 1894. Morreu em Scottsdale, no Arizona, em 18 de Agosto de 1982.
Actuou em 160 filmes e ficou
particularmente conhecida por formar, ao lado de Francis X. Bushman, um par
romântico que se tornou popular não apenas no cinema, por protagonizarem juntos
vários filmes, mas também na vida real, tendo-se casado em 1918.
Mudara-se para Chicago aos seis
anos de idade. Com 16 anos, estudou na Hyde Park School, que estava
sitiada ao lado dos Essanay Studios. Por curiosidade, visitou os estúdios
e lá, aperceberam-se que ela tinha um «rosto fotogénico» …
Os seus primeiros filmes foram” The
Loan Shark” e “The Rivals”, ambos em 1912. Por essa altura, Gloria
Swanson estava sob contrato com a Essanay e - diz-se - que Swanson
chorou porque os olhos dela eram azuis e não castanhos como os de Bayne. Na
época, olhos castanhos eram considerados preferíveis para a fotografia. Outros
actores desses tempos foram Wallace Beery, Charlie Chaplin e Francis X.
Bushman. Este último “exigiu” Beverly para contracenar consigo e, em breve,
eles formaram uma dupla romântica, aparecendo em mais de vinte filmes como par
romântico, além de outros filmes em que actuaram juntos, noutros papéis.
Assinando contrato com a Quality
Pictures Corporation, cujos filmes eram distribuídos pela Metro Pictures
Corporation, o primeiro filme de Bayne e Bushman juntos foi “Pennington’s
Choice” (1915) e, em 1917, o casal actuou em “Romeo and Juliet”, o
que gerou um lucro considerável. Actualmente, o filme está considerado perdido,
talvez pela decomposição do nitrato, talvez por negligência da produção
cinematográfica.
Bayne e Bushman trabalharam para
a Metro Pictures Corporation de 1916 a 1918, creditados como o primeiro
par romântico dos ecrãs. Casaram-se em 1918. Em 1920, o casal estreou-se no
teatro, actuando na peça “The Master Thief”, que foi bem recebida. Mais
tarde, apareceram no vaudeville e como estrelas convidadas em dramas. O último
filme, juntos, foi “Modern Marriage”, em 1923.
Bayne e Bushman divorciaram-se em
1925 e as suas carreiras entraram em declínio a partir de então, começando a
ser preteridos. Bushman acreditava que o seu apagão no cinema fora causado
por ter desprezado inadvertidamente Mayer, pois este magnata do cinema tinha-o
chamado para uma tournée de aspecto pessoal e ele não correspondera. Outros
afirmam que Hollywood desaprovou a separação do casal, após tantos anos a viver
em comum.
O último filme mudo de Beverly
foi “Passionate Youth”, em 1925. Sem conseguir voltar ao cinema, trabalhou
no teatro na Broadway, nos anos 1930 e 1940. No início dos
anos 1940, Bayne actuou ainda na rádio e ocasionalmente noutras peças de
teatro. Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou seriamente para a British
War Relief Society, uma organização humanitária.
O seu único filme sonoro que, na
verdade, seria também o seu último filme, foi “The Naked City” (1948),
ao lado de Barry Fitzgerald e Howard Duff, num papel não-creditado. Após isso,
actuou apenas num episódio da série de televisão “The Philco Television
Playhouse” - o episódio “Hour of Destiny”, transmitido em Abril de
1951.
Deu por finda a sua carreira e
passou a residir em Scottsdale, falecendo aos 87 anos, vítima de infarto agudo
do miocárdio. Está sepultada nos Paradise Memorial Gardens, em
Scottsdale. Pela sua contribuição para a indústria do cinema, tem uma estrela
na Calçada da Fama, em Hollywood.
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