EFEMÉRIDE - Holger
Klaus Meins, integrante da organização de extrema-esquerda alemã Fracção
do Exército Vermelho (Rote Armee Fraktion ou RAF), morreu em
Estugarda no dia 9 de Novembro de 1974. Nascera em Hamburgo, em 26 de Outubro
de 1941. O aludido grupo foi também
conhecida por Baader-Meinhof.
Estudante de cinematografia, Holger
juntou-se à RAF em 1970. Tornou-se uma figura importante do grupo e um dos
seus líderes desde o começo das actividades da RAF, com grande
envolvimento nos atentados cometidos pela organização nos primeiros anos da
década de 1970. Ficou famoso por criar um dispositivo que imitava uma
barriga de grávida, extremamente eficiente para transportar bombas, a serem colocadas
pelas integrantes do grupo em locais pré-estabelecidos.
Meins foi preso em Junho de 1972,
juntamente com o líder do Baader-Meinhof, Andreas Baader, e outro dos
dirigentes da organização, Jan-Carl Raspe, numa emboscada policial em Hamburgo.
Encarcerado na prisão de Wittlich, promoveu várias greves de fome e morreu -
pesando 39 kg, em 1,86 m de altura. Mais de 5 000 pessoas assistiram às
cerimónias fúnebres.
A sua morte provocou dezenas de
manifestações de esquerdistas em Francoforte, Colónia, Berlim e Estugarda,
protestando contra as condições carcerárias a que eram submetidos os
integrantes da RAF e obrigando o governo a mudar o tratamento dos
presos, impedindo futuras greves de fome com alimentação forçada. No dia
seguinte, um juiz da Corte Superior de justiça da Alemanha, Von
Drenkmann, foi assassinado como resposta à morte de Holger.
A morte de Meins polarizou a
Alemanha Ocidental com acusações de assassinato por omissão do governo e criou
mais simpatizantes para as causas da RAF. Outros, revoltados com a morte
do juiz Von Drenkmann, exigiam ao governo que acabasse com o terrorismo por
qualquer meio que fosse necessário.
Seis meses depois, o comando de
guerrilheiros que tomou de assalto a embaixada alemã-ocidental em Estocolmo, na
Suécia, foi baptizado com o seu nome.
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