terça-feira, 21 de janeiro de 2020

21 DE JANEIRO - ANA MARIA MAGALHÃES


EFEMÉRIDE - Ana Maria Portinho Magalhães, actriz, guionista, realizadora e produtora de cinema brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de Janeiro de 1950. Foi casada com o realizador Nelson Pereira dos Santos, com quem teve um filho, e com o realizador Gustavo Dahl, com quem teve dois filhos.
Estudou teatro no Conservatório Nacional de Teatro. Nos dois anos seguintes, trabalhou em vários filmes, entre eles “Todas as mulheres do mundo” (1966), de Domingos de Oliveira, e “Garota de Ipanema” (1967), de Leon Hirszman. Participou em workshops e cursos livres de teatro. 
Em 1967, estreou-se como actriz de teatro profissionalmente, no Grupo Oficina, um dos mais importantes e revolucionários grupos teatrais do país. 
Ainda em 1967, aos dezassete anos, protagonizou o filme “O diabo mora no sangue”, de Cecil Thiré. Depois, vieram muitos outros, como: “Azyllo muito louco” (1969) e “Como era gostoso o meu francês” (1971), ambos de Nelson Pereira dos Santos; “Quando o carnaval chegar” (1972), de Carlos Diegues; “Uirá - Um índio à procura de Deus” (1972), de Gustavo Dahl; “Paranóia” (1975), de Antonio Calmon; “Lúcio Flávio, o passageiro da agonia” (1977), de Hector Babenco; e “Os sete gatinhos” (1977), de Neville D’Almeida. Uma das suas actuações mais marcantes foi quando contracenou com Tarcísio Meira, em “A Idade da Terra” (1980), de Glauber Rocha. 
Nos anos 2000, trabalhou no filme “O Estranho Caso de Angélica” (2010), do aclamado realizador português Manoel de Oliveira, seleccionado para a mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes de 2010. 
Protagonizou também telenovelas, como “Gabriela” (1975) e “Saramandaia” (1976), da Rede Globo. 
Foi uma das mais actuantes actrizes do cinema brasileiro na década de 1970, tornando-se depois realizadora de curtas e longas-metragens nos anos 1980
Como realizadora, o seu primeiro filme foi “Mulheres no Cinema” (1977), documentário em 16mm sobre as mulheres cineastas do Brasil. No início dos anos 1980, dirigiu o documentário sobre Leila Diniz, “Já que ninguém me tira para dançar” (1982), que se tornou o primeiro vídeo com produção independente a ser exibido pela televisão brasileira. 
Dirigiu ainda curtas-metragens, como “Assaltaram a gramática” (1984), “Spray Jet” (1985), “O mergulhador” (1985), “O bebé” (1986) e a média-metragem “Mangueira do amanhã” (1992).
A sua estreia como realizadora de longas-metragens aconteceu com “Final Call”, para a produtora internacional Erotique (1994). 
Em 2002 lançou a longa-metragem “Lara”, sobre a actriz Odete Lara. Em 2009, realizou “Reidy, a construção da utopia”, premiado no Int’l Rio do Janeiro Film Festival, como Melhor Documentário de Longa-Metragem, e - em Portugal - no Cine Eco Seia - com o Prémio Pólis de 2010. 
Realizou a série em cinco episódios “O Brasil de Darcy Ribeiro” (2014), que recebeu o prémio de Melhor Série Documental da TAL TV - Televisión de America Latina.
Ao longo da sua carreira, tem recebido muitos prémios, começando pelo de Revelação e continuando com vários de Melhor Actriz e de Melhor Realização

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