EFEMÉRIDE - Helen
Suzman (Helen Gavronsky, nome de solteira), activista anti-apartheid e política
sul-africana, de origem judia, morreu em Joanesburgo no dia 1 de Janeiro de
2009. Nascera em Germiston, em 7 de Novembro de 1917. Participou numa grande
batalha parlamentar, pela emancipação da maioria negra no seu país.
Teve uma infância privilegiada,
estudando em escolas privadas e tendo lições de ténis e de natação. Ingressou
na Universidade de Witwatersrand, onde seria mais tarde assistente em economia.
Casou com Moses Suzman, cardiologista, com quem teve dois filhos.
Suzman, sendo uma mulher branca, ganhou a confiança da população sul-africana, ao visitar frequentemente Nelson Mandela, na prisão, no ano de 1964.
Suzman, sendo uma mulher branca, ganhou a confiança da população sul-africana, ao visitar frequentemente Nelson Mandela, na prisão, no ano de 1964.
Foi durante 13 anos a única deputada
na Assembleia a condenar o apartheid, pertencendo - primeiro - ao Partido
Unido (1953/1959) e, depois, ao Partido Progressista (1959/1989). Foi
um símbolo da luta dos brancos progressistas contra o apartheid.
As Universidades de Oxford,
de Cambridge e de Harvard fizeram-na doutora honoris causa
e a sua luta valeu-lhe a Medalha dos Direitos do Homem da ONU, em 1978,
e a Medalha de Heroísmo, em 1980. Actualmente, a Fundação Helen
Suzman participa na promoção da democracia liberal na África do Sul.
Viúva desde 1994, Helen continuou
a criticar os políticos de então, pelas suas posições sobre a SIDA. Em
2005, denunciou a pobreza do debate político no parlamento e declarou-se
espantada por ver a oposição com menos poderes do que na época em que ela fora
deputada.
Quando do seu 90º aniversário, em
2007, chamou a atenção para «o necessário reforço da oposição, numa
democracia ainda em construção». Faleceu, na sua casa, aos 91 anos de
idade.
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