sexta-feira, 24 de julho de 2020

24 DE JULHO - SYLVIA ORTHOF


EFEMÉRIDE - Sylvia Orthof Gostkorzewicz, escritora brasileira de livros infantis, morreu em Petrópolis no dia 24 de Julho de 1997.  Nascera no Rio de Janeiro em 3 de Setembro de 1932.
Filha do pintor Gerhard Orthof e da pintora e ceramista Gertrud Alice Goldberg, um casal de judeus austríacos, era também sobrinha do compositor Arnold Schönberg.
A sua formação incluiu cursos de mímica, desenho, pintura, arte dramática e teatro. Na área de dramaturgia infantil, trabalhou como autora de textos, directora de espectáculos, pesquisadora e professora de teatro.
Viveu dois anos em Paris, aprendendo com Marcel Marceau a arte da mímica. De lá, voltou ao Brasil para trabalhar como actriz. Actuou no Teatro Brasileiro de Comédia e na TV Record, ambos em São Paulo. Mudou-se então para Nova Viçosa, desenvolveu actividades com teatro de bonecos com as crianças do local, utilizando materiais de uso comum na região.
Transferiu-se posteriormente para Brasília, onde leccionou Teatro na Universidade de Brasília e coordenou as actividades de teatro do SESI.
Em 1966, segundo o livro “Cães de Guarda”, de Beatriz Kushnir, foi convidada para ministrar um curso de teatro para aperfeiçoamento do corpo de censores em Brasília. Em Julho de 1969, leccionou a disciplina de Expressão Corporal, no Curso de Teatro do Festival de Inverno de Ouro Preto, vinculado à Universidade Federal de Belo Horizonte. Como produto do Curso, o grupo de alunos encenou o espectáculo teatral “Ciranda de Vila Rica”, dirigido e montado por Sylvia Orthof, com trechos do “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles.
Começou em 1979, a convite de Ruth Rocha, a colaborar com a “Revista Recreio”.
Publicou o seu primeiro livro infantil em 1981, escrevendo, a partir de então, cerca de 120 títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias.
Entre as muitas peças de teatro, destacam-se: “Eu chovo, tu choves, ele chove” e “Quem roubou meu futuro?”. Entre as histórias infantis - “Maria-vai-com-as-outras”, de 1982, que conta a história de uma ovelha chamada Maria que fazia tudo o que as demais faziam, até que um dia resolveu seguir o seu próprio caminho. Foi um enorme sucesso, junto da crítica e do público, bem como “Quem roubou o meu futuro?”, sobre uma menina de 13 anos, chamada Valéria, que deseja encenar uma peça, no que é impedida pela avó, que prefere que ela faça um curso de dactilografia.
Em 1989, criou, na cidade de Petrópolis, a Companhia de Teatro Livro Aberto, onde dirigiu oito dos seus textos. A Companhia manteve as suas actividades até aos dias de hoje, encenando os textos de Sylvia Orthof, sob a direcção de Fernando Vianna. Actualmente, o seu repertório é composto por vários espectáculos: “O Cavalo Transparente”, “A Viagem de Um Barquinho”, “Se as Coisas Fossem Mães”, “Ponto de Tecer Poesia”, “Ervilina e o Princês”, “Zé Vagão da Roda Fina”, “Sua Mãe Leopoldina” e “Lustrosa, Cantora Misteriosa”.
Em 2002, o músico, actor e compositor Marco Aurêh (que também foi um dos fundadores do TELIA) lança o CD “Cantando Sylvia Orthof”. O disco reúne uma selecção das melhores músicas compostas por Aurêh sobre as letras de Sylvia.
Ganhou inúmeros prémios pelas suas obras, entre os quais 13 títulos premiados com o selo Altamente Recomendável para Crianças pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Viveu os seus últimos anos de vida em Petrópolis. Foi-lhe diagnosticado um cancro em 1996, falecendo no ano seguinte. 

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