quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

11 DE JANEIRO - ÉRIC ROHMER

EFEMÉRIDE - Éric Rohmer (nascido Jean-Marie Maurice Schérer ou Maurice Henri Joseph Schérer), realizador, crítico de cinema, guionista e professor de Literatura francês, morreu em Paris no dia 11 de Janeiro de 2010. Nascera em Tulle, em 21 de Março de 1920.

Importante figura da Nouvelle Vague do cinema francês do pós-guerra, Rohmer foi também editor do influente jornal cinematográfico francês “Cahiers du cinema”.

Foi professor de Literatura, colaborou nos “Cahiers du cinema” desde a sua fundação e escreveu, com Claude Chabrol. um livro sobre Hitchcock.

Assinou uma série de curtas-metragens, entre 1954 e 1958, e - em 1959 - realizou a sua primeira longa-metragem, “Le signe du lion”.

Dirigiu diversos filmes para a televisão escolar, entre 1964 e 1966, e - em 1967 - “La collectionneusechamou de novo a atenção para o seu nome e o seu estilo.

Entre as suas obras, destacam-se os “Seis contos morais”, ciclo realizado entre 1962 e 1972, composto pelos filmes de curta-metragem “A padeira do bairro” (“La boulangère de Monceau”,1962), de média-metragem “A carreira de Suzanne” (“La carrière de Suzanne”, 1963) e das longas-metragens “Minha noite com ela” (“Ma nuit chez Maud”,1969), “A coleccionadora” (“La Collectionneuse”,1967), “O joelho de Claire” (“Le genou de Claire”,1970) e “Amor à tarde” (“L’amour l’après-midi”, 1972). As histórias giram em torno do mesmo tema: «O narrador procura uma mulher e encontra outra, que monopoliza a sua atenção, até ao momento em que volta a encontrar a primeira».

Posteriormente, o cineasta viria a dirigir seis filmes do conjunto “Comédias e Provérbios”, quatro filmes de seus “Contos das Quatro Estações” e muitos outros.

Em 1976, o seu drama de época “A Marquesa d’O” (título original em alemão “Die Marquise von O”), produção franco-alemã, recebeu o Grand Prix Spécial du Jury do Festival de Cannes.

Realizador elegante e austero, do seu cinema disse Georges Sadoul «ser “elitista” e possuidor de uma exigência do absoluto, de diálogos cuidadosamente polidos e de imagens com frémitos puritanos. Rohmer era um cineasta de inspiração católica e, talvez por isso, há um fundo moral nos seus filmes, que contam histórias simples, mas onde há uma especial harmonia entre a palavra e a imagem».

Entre muitos prémios e nomeações recebidas ao longo da sua carreira, foi nomeado para o Oscar de melhor argumento original, por “Ma nuit chez Maud” (1969).

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...