EFEMÉRIDE
– Camilo Venâncio de Oliveira, actor, encenador e argumentista
português, morreu em Lisboa no dia 2 de Julho de 2016. Nascera em Buarcos,
Figueira da Foz, em 23 de Julho de 1924. Filho de actores, era irmão do autor de
teatro de revista César de Oliveira.
Camilo
estreou-se na Companhia itinerante da família, com apenas nove anos de
idade. Já adulto, mudou-se para Lisboa. A primeira Revista em que
participou foi “Lisboa é Coisa Boa”, em 1951.
Obteve
grande êxito com “Abaixo as Saias” (1958) e “Ó Pá, Não Fiques Calado”
(1963). Na RTP, participou em “O Senhor Que Se Segue”, em
conjunto com Artur Agostinho e Cármen Mendes. Em Abril de 1965, recebeu – com Florbela
Queirós – o Prémio Imprensa 1964 para os Melhores Actores de Teatro
de Revista.
Em
1969, foi protagonista do filme “O Ladrão de Quem se Fala” de Henrique
Campos, onde desempenhou dois papéis.
No
teatro, continuaram os sucessos, com “Alto Lá Com Elas” (1970), “As
Coisas Que Um Padre Faz” (1976) e “Aldeia da Roupa Suja” (1978).
Participou na série “O Espelho dos Acácios” da RTP.
Em
1981, protagonizou com Ivone Silva o programa “Sabadabadu”, que foi um
grande êxito e onde apareceram personagens como os Agostinhos e o Padre
Pimentinha. Em 1982, gravou um single com os temas “Sapateado”,
“Soutien” e “Publicidade”, todos da autoria de Fernando Guerra e
Varela Silva.
Em
Abril de 1983, aparecei na RTP com o programa “Allegro”. Ainda no
mesmo ano, obteve sucesso no teatro com “Há Mas São Verdes”. Conhecei
Paula Marcelo, com quem se viria a casar.
Em
finais de 1989, entrou na peça “Ai Cavaquinho” no Teatro ABC. Em Agosto
de 1990, o ABC sofreu um grande incêndio e a companhia teve de mudar-se
para o Teatro Capitólio. Em 1992, destacou-se em “Isto É Que Vai Uma
Crise”.
O
canal SIC contratou-o para a série “Camilo & Filho, Lda.” que
constituiu um grande êxito em 1995. No teatro, apresentou “Camilo &
Filhas” (1996). Em 1997, reapareceu na SIC com a série “As
Aventuras do Camilo”. Nos anos seguintes, foi a vez de “Camilo na Prisão”
e “A Loja do Camilo”.
Em
2002, transitou para a RTP, onde foi protagonista da série “Camilo, o
Pendura”. Em 2005, voltou à SIC com “Camilo em Sarilhos”
(2005/06). Em 2008, apresentou-se ao vivo com a peça “O Meu Rapaz é Rapariga”.
A SIC realizou, em Setembro de 2008, uma Gala em sua homenagem.
Em
2009, lançou – através da editora Esfera dos Livros – “As regras da
minha vida: Camilo de Oliveira, o actor do povo”.
Após
o fim das gravações de “Camilo, o Presidente” (2009/10), decidiu
reformar-se e passou a conceder várias entrevistas a órgãos da comunicação
social.
Camilo
de Oliveira foi casado com a enfermeira Maria Luísa Reis Oliveira, de quem
nunca se divorciou. Depois, viveu com Io Appolloni, actriz italiana radicada em
Portugal desde 1965, de quem teve um filho, Camilo Humberto Appolloni de
Oliveira, nascido em 1969. Foi também pai de Camilo Luís Bettencourt de
Oliveira, nascido em 1981 do seu relacionamento com Maria Luísa Bettencourt. À
data da sua morte, estava casado há largos anos com a actriz Paula Marcelo.
Em
finais de Setembro de 2012, houve rumores da sua morte, um boato que os jornais
se apressaram a desmentir. Viria a falecer em 2016, com 91 anos, no Hospital
Egas Moniz, em Lisboa, onde estava internado na unidade de cuidados
paliativos devido a cancro na próstata e intestinos.
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