EFEMÉRIDE
– Peter Benenson, de seu verdadeiro nome Peter James Henry Solomon, advogado
e activista político britânico, fundador da Amnistia Internacional nasceu
em Londres no dia 31 de Julho de 1921. Morreu em Oxford, em 25 de Fevereiro
de 2005.
Nascido
no seio de uma família judaica, acrescentou mais tarde o apelido de sua mãe,
como homenagem ao avô materno, o banqueiro russo Grigori Benenson.
Tendo
perdido o pai quando tinha apenas 9 anos de idade, foi criado pela mãe que
orientou inicialmente a sua educação através de professores particulares.
Posteriormente, estudou no Eton College, onde desde logo se destacou
pelo seu comportamento contestatário, tendo escrito várias cartas ao director do
colégio nas quais reclamava das péssimas condições da cantina e da baixa
qualidade da comida, a tal ponto que este escreveu uma carta a sua mãe
queixando-se das «tendências revolucionárias» de Benenson.
Ainda
no período escolar, com apenas 16 anos, lançou as suas primeiras campanhas,
reunindo fundos para auxiliar o Comité de Ajuda a Espanha (que apoiava
órfãos de pais republicanos, durante a Guerra Civil Espanhola) e para
ajudar famílias de imigrantes judeus que fugiam da perseguição nazi.
Após
o secundário, foi para o Balliol College da Universidade de Oxford,
onde se licenciou em
História. Durante a Segunda Guerra Mundial,
incorporou-se no exército, trabalhando no Gabinete de Imprensa do Ministério
da Informação. Com o fim do conflito, voltou para Oxford e formou-se em Direito. Dedicou-se
então à advocacia e filiou-se no Partido Trabalhista Britânico.
Em
1957, como membro da Associação dos Advogados do Direito do Trabalho,
ajudou a formar a organização Justice. Em 1961, fundou a Amnistia
Internacional, organização independente à qual dedicou os seus 43 anos
seguintes de vida.
Convertera-se
ao catolicismo em 1958 e, nos anos 1980, fundou a Associação de
Cristãos Contra a Tortura. Benenson passou os últimos anos da sua vida muito
doente e faleceu de pneumonia, no Hospital John Radcliffe.
A
ideia de fundar a Amnistia Internacional surgiu depois de Peter Benenson
ter lido um artigo no jornal “The Observer” (1960), relatando a detenção
de dois estudantes que, num café de Lisboa, em plena ditadura salazarista, tinham
ousado fazer um brinde a liberdade. A Amnistia Internacional tornou-se a
maior organização independente do mundo na defesa dos Direitos Humanos,
contando com cerca de 1,8 milhões de membros e tendo ganho o Prémio Nobel da
Paz em 1977.
Peter
Benenson foi galardoado com o Prémio Gandhi para a Paz em 1978 e, em
2001, recebeu o Pride of Britain Award.
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