EFEMÉRIDE
– Aleksander Henryk Laks, sobrevivente do Holocausto, escritor e
conferencista polaco, naturalizado brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 21
de Julho de 2015. Nascera em Lodz
no dia 28 de Outubro de 1926.
Ainda
criança, em 1940, foi confinado no Gueto de Lodz, uma área industrial criada
pelos nazis alemães na Polónia. Dos 160 mil judeus que estiveram neste gueto,
apenas 1 600 sobreviveram à guerra.
Em
1944, foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz juntamente com o
pai, que veio a falecer por doença e maus-tratos. Ambos foram seleccionados
para trabalhos forçados. Em 1945, quando parte do campo de concentração foi
evacuado pelos nazis, antes da chegada das tropas soviéticas, Laks fez parte de
um grupo de 800 prisioneiros levados para uma das Marchas da Morte,
sistema onde eram obrigados a deslocar-se em enormes distâncias, a pé, no Inverno,
sem roupas adequadas nem alimentação, na esperança de que “simplesmente”
morressem. Deste grupo, apenas 50 sobreviveram. Aleksander foi encontrado e
ajudado por soldados franceses. Emigrou então para o Brasil e adquiriu a
nacionalidade brasileira.
Foi
presidente da Sherit HaPleitá (Associação Brasileira dos Israelitas
Sobreviventes da Perseguição Nazi) e autor dos livros “O Sobrevivente –
memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz” e “Mengele me
Condenou a Viver”.
A
história de Laks também foi contada no livro “Sou Feliz, Acredite!”, dos
jornalistas Mónica Bernardes e Mauro Tertuliano, editado pela BestSeller (grupo
Record) e finalista do Prémio Jabuti na categoria Reportagem. A obra,
lançada em 2010, narra 13 histórias de superação.
Em
2013, participou como depoente no filme documentário premiado “O Relógio do
Meu Avô” do realizador Alex Levy-Heller.
Laks
morreu aos 88 anos de idade, vítima de complicações decorrentes de uma infecção
pulmonar.
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