EFEMÉRIDE - Maria Casarès, de seu nome original, María
Victoria Casares Quiroga y Pérez, actriz espanhola, naturalizada francesa, nasceu
na Corunha em 21 de Novembro de 1922. Morreu em Alloue no dia 22 de Novembro
de 1996.
Trabalhou no cinema e dedicou-se depois ao teatro, vendo o seu nome ser dado a um prémio teatral - o Prémio María Casares.
É considerada uma das grandes actrizes de tragédias de França, tendo actuado no cinema sobretudo nos anos 1940 e 1950.
María não era uma filha desejada pelos pais. Disse um dia, com humor: «Quando os meus pais me tiveram, foi por distracção ou falta de jeito».
Estudou no Colégio da Corunha. Em 1931, a família instalou-se em Madrid. Na sua nova escola, começou a cantar no teatro. No princípio da Guerra de Espanha, fugiram para Paris em 20 de Novembro de 1936, véspera do aniversário de María. Viveram no Hotel Paris-New York e ela estudou na escola secundária Victor-Duruy, onde aprendeu francês. Encontrou o actor espanhol Pierre Alcover e a esposa, que era membro da Comédie-Française. O actor incentivou María a fazer teatro.
Falhou uma primeira tentativa para integrar o Conservatório Nacional de Arte Dramática por causa do seu sotaque muito pronunciado. Durante a Segunda Guerra Mundial, o pai partiu para Inglaterra. Ela e a mãe foram viver para um apartamento parisiense.
À força de muito trabalho, María insistiu e integrou o Conservatório, representando “Hermione et Eriphile”, depois de ter frequentado um curso. Falhou, porém, as provas do segundo bacharelato. Chama a atenção, no entanto, de Jean Marchat e Marcel Herrand, que montaram para ela várias peças, entre 1942 e 1944.
André Barsacq fez com que ela representasse, em 1946, “Roméo et Jeannette” de Jean Anouilh. De 1952 a 1954, foi contratada pela Comédie-Française, onde fez diversas representações. Em seguida, integrou o TNP (1954/59) e tornou-se assim uma das primeiras comediantes a dar ao Festival d’Avigon as suas cartas de nobreza. Participou em certas criações de teatro contemporâneo.
A quase totalidade da sua filmografia é constituída por filmes franceses. Alguns cinéfilos vão ao ponto de a qualificar de «monstro sagrado», designação habitualmente reservada a actores já com maior notoriedade que ela. Maria Casarès declarou, no entanto, que preferia o teatro ao cinema.
Cavaleira da Legião de Honra, Comendadora das Artes e das Letras, ganhou um Molière em 1989, pelo seu papel em “Hécube d'Euripide”. Faleceu vítima de cancro. Mantivera uma relação amorosa, secreta e acidentada com Albert Camus, que só acabou com a morte do escritor em 1960.
Para agradecer à França o facto de ter sido a sua terra de asilo, Maria Casarès - sem descendentes - legou todos os seus bens à comuna de Alloue.
Trabalhou no cinema e dedicou-se depois ao teatro, vendo o seu nome ser dado a um prémio teatral - o Prémio María Casares.
É considerada uma das grandes actrizes de tragédias de França, tendo actuado no cinema sobretudo nos anos 1940 e 1950.
María não era uma filha desejada pelos pais. Disse um dia, com humor: «Quando os meus pais me tiveram, foi por distracção ou falta de jeito».
Estudou no Colégio da Corunha. Em 1931, a família instalou-se em Madrid. Na sua nova escola, começou a cantar no teatro. No princípio da Guerra de Espanha, fugiram para Paris em 20 de Novembro de 1936, véspera do aniversário de María. Viveram no Hotel Paris-New York e ela estudou na escola secundária Victor-Duruy, onde aprendeu francês. Encontrou o actor espanhol Pierre Alcover e a esposa, que era membro da Comédie-Française. O actor incentivou María a fazer teatro.
Falhou uma primeira tentativa para integrar o Conservatório Nacional de Arte Dramática por causa do seu sotaque muito pronunciado. Durante a Segunda Guerra Mundial, o pai partiu para Inglaterra. Ela e a mãe foram viver para um apartamento parisiense.
À força de muito trabalho, María insistiu e integrou o Conservatório, representando “Hermione et Eriphile”, depois de ter frequentado um curso. Falhou, porém, as provas do segundo bacharelato. Chama a atenção, no entanto, de Jean Marchat e Marcel Herrand, que montaram para ela várias peças, entre 1942 e 1944.
André Barsacq fez com que ela representasse, em 1946, “Roméo et Jeannette” de Jean Anouilh. De 1952 a 1954, foi contratada pela Comédie-Française, onde fez diversas representações. Em seguida, integrou o TNP (1954/59) e tornou-se assim uma das primeiras comediantes a dar ao Festival d’Avigon as suas cartas de nobreza. Participou em certas criações de teatro contemporâneo.
A quase totalidade da sua filmografia é constituída por filmes franceses. Alguns cinéfilos vão ao ponto de a qualificar de «monstro sagrado», designação habitualmente reservada a actores já com maior notoriedade que ela. Maria Casarès declarou, no entanto, que preferia o teatro ao cinema.
Cavaleira da Legião de Honra, Comendadora das Artes e das Letras, ganhou um Molière em 1989, pelo seu papel em “Hécube d'Euripide”. Faleceu vítima de cancro. Mantivera uma relação amorosa, secreta e acidentada com Albert Camus, que só acabou com a morte do escritor em 1960.
Para agradecer à França o facto de ter sido a sua terra de asilo, Maria Casarès - sem descendentes - legou todos os seus bens à comuna de Alloue.
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