EFEMÉRIDE
– Letitia Elizabeth Landon, poetisa e romancista inglesa, mais conhecida pelas
suas iniciais L.E.L., nasceu em Chelsea, Londres, em 14 de Agosto de
1802. Morreu em Cape
Coast , no dia 15 de Outubro de 1838.
Letitia
foi uma criança precoce, tendo aprendido a ler logo após dar os primeiros
passos. Um vizinho inválido espalhava letras no chão e recompensava-a pelas
leituras bem sucedidas. Segundo o seu pai, «ela costumava trazer para casa muitas
recompensas».
Aos
cinco anos, começou a frequentar a escola. A família mudou-se, porém, para o
interior do país em 1809, a fim de que o pai pudesse executar um projecto de
fazenda/modelo. Letitia Landon, desde então, foi educada em casa por uma prima,
que afirmaria: «Quando lhe perguntava qualquer questão relacionada com
História, Gramática, Geografia ou sobre algum livro que estivesse a ler, eu
estava segura de que a sua resposta seria perfeitamente correcta».
Os
negócios agrícolas não deram resultado e a família voltou para Londres em 1815,
tornando-se amiga de William Jerdan, editor da “Literary Gazette”. Jerdan
tomou conhecimento da jovem Letitia, quando a viu descer a rua, rodando um arco
com uma mão e segurando um livro de poemas com a outra.
Jerdan
encorajou os seus esforços poéticos e o primeiro poema foi publicado sob a
simples inicial ‘L’, na “Gazette”, em 1820. Tinha então 18 anos
de idade.
No
ano seguinte, com o apoio financeiro da avó, publicou um livro de poesias, “The
Fate of Adelaide”, assinando o seu nome completo. O livro teve pouca
divulgação da crítica, mas vendeu-se bem.
No
mesmo mês em que “The Fate of Adelaide” foi editado, publicou dois
poemas sob as iniciais ‘L.E.L.’ na “Gazette”. Estes poemas e as
iniciais com que foram publicados atraíram muita discussão e especulação. Um
crítico contemporâneo escreveu que as iniciais L.E.L. «rapidamente se
tornaram uma assinatura de interesse mágico e de curiosidade». Os críticos corriam
todas as tardes de sábado para a “Literary Gazette”, com uma impaciente
ansiedade para ver mais uma vez se – no canto da página habitual – estavam as
três letras mágicas L.E.L. E todos elogiavam os versos e punham-se a tentar
adivinhar quem seria o autor. Quando souberam que era uma mulher, a admiração duplicou
e as conjecturas triplicaram.
Letitia
foi depois chefe de revisão da “Gazette” e continuava a escrever poesia.
A sua segunda recolha, “The Improvisatrice”, foi publicada em 1824. O
pai morreu no final desse ano e ela foi forçada a usar a escrita para se sustentar
a si e à família.
Em
1826, o seu prestígio começou a ser beliscado quando surgiram rumores na
imprensa sensacionalista de que ela tinha tido diversos casos amorosos e que
secretamente tivera filhos. Letitia, amargurada, continuou, no entanto, a escrever
poesias e, em 1831, publicou mesmo o seu primeiro romance – “Romance and
Reality”.
L.E.L.
foi encontrada morta, com uma garrafa de ácido prússico na mão. Tinha apenas 36
anos.
Entre
as poetisas do seu tempo a reconhecerem e admirarem o seu valor, estão: Elizabeth
Barrett Browning, que escreveu “L.E.L.'s Last Question”, em sua
homenagem; e Christina Rossetti, que publicou um poema/tributo intitulado “L.E.L.”,
no sue livro “The Prince's Progress and Other Poems”.
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