sábado, 19 de agosto de 2017

19 DE AGOSTO - JERSY ANDRZEJEWSKI




EFEMÉRIDE - Jerzy Andrzejewski, escritor e político polaco, nasceu em Varsóvia no dia 19 de Agosto de 1909. Morreu na mesma cidade em 19 de Abril de 1983.
Oriundo de uma família da classe média, era filho de um merceeiro e da filha de um médico de província. Muito cedo, na sua infância, começou a escrever contos.
Depois de concluir os seus estudos secundários, Andrzejewski ingressou na Universidade de Varsóvia como estudante de Filologia mas, ao escrever para revistas literárias, como o semanário “Prosto z Mostu”, descurava os seus deveres académicos, pelo que deixou a universidade sem ter obtido qualquer diploma.
Em 1936, publicou o seu primeiro livro, “Drogi nieuniknione” (“Caminhos Inevitáveis”), e -  dois anos mais tarde – “Ład Serca” (“A Harmonia do Coração”), ambos colectâneas de contos que tinham já aparecido na revista “Prosto z Mostu”. O último livro mencionado foi galardoado com o Prémio da Academia de Literatura da Polónia e ele foi considerado como o escritor católico mais talentoso do país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Andrzejewski aderiu ao movimento da Resistência polaca, que operava em Varsóvia. Retomou a publicação da sua obra com o cessar da guerra. Assim, em 1945, publicou uma outra colectânea de contos, “Noc”, que reflectiam as vivências da guerra e da ocupação alemã. Tornar-se-ia depois membro do Sindicato dos Escritores, mas a ocupação da Polónia pelas tropas soviéticas tinha dado lugar a uma mudança ideológica no país, pelo que - em 1949 - a atmosfera liberal em que os escritores polacos se exprimiam desapareceu e o sindicato adoptou o modelo soviético. Nesse mesmo ano, Andrzejewski foi eleito presidente do Sindicato dos Escritores, passando a representar a corrente soviética na sua obra e a defender o Comunismo nos seus artigos de imprensa.
Em 1952, foi escolhido para editor do “Przegląd Kulturalny”, um semanário cultural de grande importância, posição que deteve até 1954. Foi nomeado para membro do parlamento, cargo que ocupou até 1957, altura em que se demitiu em atitude de protesto contra a censura. Desiludido com o caminho seguido, o autor passou a criticar o regime cada vez mais abertamente.
Em 1957, publicou “Ciemności kryją ziemię” (“Os Inquisidores”), uma parábola filosófica acerca de um governo autocrático. Em 1968, foi a vez de “Apelacja” (“O Apelo”), que atacava directamente o regime, pelo que não foi publicado na Polónia. Diversas vezes impedido de publicar, Andrzejewski recorreu a editoras mantidas por dissidentes polacos no Ocidente, ou à revista literária “Zapis”.
Em 1979, cofundou o KOR, o Comité de Defesa dos Trabalhadores, cuja finalidade era auxiliar as famílias dos trabalhadores que exerciam o direito à greve. Faleceu quatro anos depois.

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