sexta-feira, 4 de agosto de 2017

4 DE AGOSTO - WILLIAM EDMONDSTOUNE AYTOUN

EFEMÉRIDEWilliam Edmondstoune Aytoun, advogado e escritor escocês, morreu em Elgin, Moray, em 4 de Agosto de 1865. Nascera em Edimburgo no dia 21 de Junho de 1813.
Aytoun era filho único de um solicitator e tinha ainda parentesco com o poeta Robert Aytoun (1570/1638). De sua mãe, uma mulher imensamente culta, herdou desde cedo o gosto pela literatura (incluindo a poesia medieval) e as preferências políticas. Com a idade de onze anos, foi enviado para a Academia de Edimburgo e de lá para a universidade vizinha.
Em 1833, passou alguns meses em Londres com a intenção de estudar Direito. Em Setembro do mesmo ano, acabou por ir morar para Aschaffenburg, onde permaneceu até Abril de 1834, dedicando-se com entusiasmo ao estudo da Literatura Alemã. Depois, retomou os estudos jurídicos no escritório de advocacia do pai, sendo admitido também como solicitator em 1835. Cinco anos mais tarde, recebeu o certificado de advogado.
A sua primeira obra literária foi “Poland, Homer and other Poems”, lançada em 1832 e na qual expressou o seu grande interesse pela Polónia.
Nos meses que passou na Alemanha, Aytoun fez uma tradução em versos brancos da primeira parte de “Fausto”, mas nunca chegou a publicá-la. Em 1836, começou a colaborar no “Blackwood's Magazine”, fazendo traduções de poemas de Johann Uhland. A partir de 1839 e até à sua morte, fez parte do quadro de funcionários do “Blackwood's”.
Neste periódico, foi publicada a maioria das suas histórias engraçadas em prosa, tais como: “The Glenmutchkin Railway”; “How I Became a Yeoman”; e “How I Stood for the Dreepdaily Burghs”. Na mesma revista, surgiu a sua principal obra poética, “Lays of the Scottish Cavaliers”, e um romance, em parte autobiográfico, “Norman Sinclair”.
Em 1841, Aytoun tornou-se muito amigo do poeta, biógrafo e tradutor escocês Theodore Martin. Em associação com ele, escreveu uma série de artigos humorísticos sobre as modas e as loucuras daquele tempo, em que foram intercalados os versos que, depois, se tornaram na popular obra “Bon Gaultier Ballads” (1855).
Escreveu “Firmilian, a Spasmodic Tragedy” (1854), sob o pseudónimo de T. Percy Jones, com a intenção de satirizar um grupo de poetas e críticos. Dois anos depois, publicou “Bothwell, a Poem”.
Em 1845, foi nomeado professor de Retórica e Belles Lettres na Universidade de Edimburgo. As suas palestras atraíam um grande número de alunos, crescendo de 30 em 1846 para 1 850 em 1864.
A sua prestação de serviços de apoio ao partido Tory, especialmente durante os graves distúrbios decorrentes da aprovação das Corn Laws em 1815, recebeu oficial reconhecimento com a sua nomeação (1852) para xerife de Orkney and Zetland.
Publicou ainda: “Colecção das Baladas da Escócia” (1858), uma tradução dos “Poemas e Baladas de Goethe”, em cooperação com o seu amigo Martin Theodore (1858); e um pequeno volume sobre a “Vida e os Tempos de Ricardo I” (1840), escrito para a Family Library. Em 1860, Aytoun foi eleito presidente honorário das Sociedades Associadas da Universidade de Edimburgo.
Em Abril de 1859, perdeu a sua primeira esposa, Jane Emily Wilson, com quem se casara em Abril de 1849. Foi um duro golpe para ele. A mãe morreu também em Novembro de 1861 e a sua própria saúde começou a enfraquecer. Buscou alívio no trabalho duro, mas a vida para ele tinha desde então perdido muito do seu entusiasmo e sentido.
Sem ter filhos, a solidão tornou-se insuportável e, em Dezembro de 1863, casou-se com Fearnie Jemima Kinnear. A sua saúde, porém, estava seriamente abalada e faleceu menos de dois anos mais tarde.

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