EFEMÉRIDE
– João Manuel Altavilla Canijo, realizador de cinema português,
nasceu no Porto em 10 de Dezembro de 1957. Foi estudante de História,
na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, entre 1978 e 1980.
Iniciou-se então no cinema, tendo sido assistente de realização de Manoel de
Oliveira, Wim Wenders, Alain Tanner e Werner Schroeter, entre outros.
A
primeira experiência como realizador foi a curta-metragem, “A Meio-Amor”.
Em 1988, fez a sua primeira lo9nga-metragen, “Três Menos Eu”, que foi
seleccionada para o Festival de Roterdão desse ano.
Trabalhou
esporadicamente como tradutor e encenador teatral, tendo dirigido peças de
David Mamet e Eugene O'Neill.
Em
1990, realizou “A Filha da Mãe”, uma co-produção luso francesa,
protagonizada por Rita Blanco, sua actriz emblemática.
Dando
provas de assinalável versatilidade, João Canijo trabalhou igualmente para
televisão, aproveitando a abertura dos canais privados. Para a RTP,
realizou a série “Alentejo Sem Lei”; para a TVI, “Cluedo”
– um concurso em moldes originais, já que dependia duma curta-metragem policial
exibida semanalmente; e para a SIC, em 1996, a série de comédia “Sai
da Minha Vida”.
Foi
numa nova co-produção com uma empresa francesa, que regressou às
longas-metragens com “Sapatos Pretos” (1998), em que – a partir duma
história verídica – revelou qualidades de técnica narrativa e de definição de
personagens assinaladas pela crítica e reforçadas no trabalho seguinte, “Ganhar
a Vida” (2001), uma das obras mais significativas do cinema português do início
do século XXI. Para realizar este filme, João Canijo travou conhecimento com as
comunidades portuguesas da região de Paris, homenageando-as numa das poucas
películas portuguesas a ter como tema a emigração e o grau (por vezes muito
pequeno) de integração dos portugueses nos países de acolhimento.
Foi
autor de “Noite Escura”, estreado no Festival de Cannes de 2004 e
nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro desse ano (em Portugal,
recebeu o Globo de Ouro para o Melhor Filme). Em 2011, ganhou o Prémio
de Melhor Realizador no Festival Caminhos do Cinema Português, com o
filme “Sangue do Meu Sangue”.
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