EFEMÉRIDE
– Sissy Spacek, de seu verdadeiro nome Mary Elizabeth Spacek, actriz
e cantora norte-americana, nasceu em Quitman no dia 25 de Dezembro de 1949.
Embora seja essencialmente uma actriz dramática, tem sido igualmente bem
sucedida em comédias.
Spacek
é descendente de checos de ascendência alemã, por parte do pai, e de irlandeses
de ascendência inglesa, por parte de mãe. O apelido “Sissy” era a forma
carinhosa como era chamada pelos irmãos.
Após
a morte de um dos seus irmãos em 1967, Spacek desistiu de tentar entrar numa
universidade, após se ter graduado na Quitman High School. Aos 18 anos,
viajou para Nova Iorque, com o objectivo de se tornar cantora. Na ocasião, teve
a ajuda de um primo e de sua esposa, a actriz Geraldine Page.
Durante
algum tempo, actuou em bares na Greenwich Village, onde chegou também a
fazer testes para a Decca Records. Embora a editora tenha gostado da sua
voz, não a contrataram por já possuírem uma cantora com um timbre semelhante
(Loretta Lynn). Em 1968, assinou um pequeno contrato com a Tourette Records
para gravar a canção “John, You Went Too Far This Time”.
Matriculou-se
no consagrado Lee Strasberg's Actors Studio e passou a ter aulas de
interpretação. Em 1972, fez a sua estreia no filme “Prime Cut”. O
reconhecimento veio, em 1973, com “Badlands”. Pela sua actuação, foi
indicada para o BAFTA, na categoria de Melhor Revelação. Ainda
nos bastidores do filme, conheceu o director de arte Jack Fisk, com quem veio a
casar-se. Nesse período, fez também alguns filmes independentes e participou em
filmes para televisão e nalgumas séries.
O
reconhecimento internacional chegou, ao protagonizar a película “Carrie”.
O filme, considerado depois como um clássico de horror, rendeu a Sissy a
primeira indicação para o Oscar de Melhor Actriz.
Em
1977, no filme “3 Women”, teve uma elogiada performance no papel de uma
misteriosa rapariga que mudava drasticamente de personalidade. O realizador do
filme, Robert Altman, declarou então: «Ela é inesquecível. Uma das melhores
actrizes com quem já trabalhei».
Sissy
teve outro grande momento, ao interpretar a cantora country Loretta
Lynn, em “Coal Miner's Daughter” (1980). Loretta era uma das principais
representantes deste género musical nas décadas de 1960 a 1980. A sua entrega
para dar corpo à personagem foi intensa. Spacek e Loretta tornaram-se amigas e
chegaram a fazer algumas apresentações juntas. Além de toda a carga dramática
para o papel, Sissy também usou a sua experiência musical para encarnar Loretta
Lynn e cantou, ela mesma, todas as canções do filme. Esta produção recebeu
cinco indicações para os Oscars, incluindo para Melhor Filme. A
película rendeu a Sissy o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Actriz,
sendo também nomeada para o BAFTA e o Grammy, pela banda sonora.
A
sua versatilidade foi comprovada novamente em diferentes produções. Em “Missing”
(1982), interpretou a esposa de um jovem jornalista que foi sequestrado no
Chile, durante o golpe de estado de Pinochet. Baseado numa história verídica, o
filme foi realizado por Costas Gravas e teve no elenco o actor Jack Lemmon.
Contracenando com Mel Gibson, fez “The River” em 1984. Teve entretanto
mais duas nomeações para os Oscars e para os Globo de Ouro de Melhor
Actriz.
Com
Diane Keaton e Jessica Lange, protagonizou a comédia “Crimes of the Heart”
(1986), que lhe valeu um Globo de Ouro e mais uma nomeação para os Oscars.
No
auge da carreira, decidiu reservar um período da sua vida para se dedicar à
família a tempo inteiro. Passados alguns anos, voltou ao trabalho em “The
Long Walk Home” (1990). Fez parte do elenco de “JFK” no ano
seguinte, uma realização de Oliver Stone. Seguiram-se vários filmes, nesta
mesma década, tendo tido também actuações memoráveis em produções para
televisão.
Foi
muito elogiada pela sua interpretação em “The Straight Story” (1999) do
realizador David Lynch.
Com
o filme “In the Bedroom” (2002), ganhou o seu terceiro Globo de Ouro
e foi nomeada mais uma vez para o Oscar de Melhor Actriz. Em 2011, Sissy
Spacek foi homenageada com uma estrela na Calçada da Fama.
Em
2012, publicou a sua biografia intitulada “My Extraordinary Ordinary Life”.
Sissy sempre se preocupou em manter a sua vida pessoal longe dos holofotes e,
devido a isso, recusou morar em
Los Angeles , preferindo criar as filhas na sua fazenda em
Virginia.
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