EFEMÉRIDE
– Curd Gustav Andreas Gottlieb Franz Jürgens, actor austro-alemão,
nasceu em Solln (Baviera) no dia 13 de Dezembro de 1915. Morreu em Viena,
em 18 de Junho de 1982.
Era
filho de um comerciante de Hamburgo e de uma professora francesa. Depois dos estudos,
enveredou pelo jornalismo, trabalhando no “8-Uhr Abendblatt”.
Paralelamente, seguia cursos de teatro, tornando-se depois actor com o
incentivo da sua primeira mulher, que era também actriz. Iniciou a sua carreira
artística nos palcos da capital austríaca.
Crítico
do regime nazi na sua Alemanha natal, foi enviado para um campo de concentração
em 1944, rotulado de «indivíduo politicamente incorrecto».
Sobrevivendo à guerra, tornou-se cidadão austríaco logo após o conflito.
Após
vários anos nos palcos austríacos e actuando também no cinema local e alemão,
ganhou o prémio de Melhor Actor no Festival de Veneza de 1955,
com o filme “Os Heróis estão Fatigados. No ano seguinte, tornou-se uma
estrela internacional com o sucesso de “E Deus Criou a Mulher” de Roger
Vadim, que lançou igualmente Brigitte Bardot como símbolo sexual do cinema.
Curd
passou depois a trabalhar em diversos filmes de guerra rodados em Hollywood,
estreando-se em 1957 com “A Raposa do Mar”, onde contracenou com Robert
Mitchum, no papel de comandante de um submarino alemão perseguido por um destroyer
americano, durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1962, marcou a sua
presença – como oficial nazi – no épico de guerra “O dia mais longo”,
grande sucesso daquele ano.
Com
um carreira de mais de cem filmes, o seu momento de maior popularidade chegou
em 1977, protagonizando o vilão Karl Stromberg em “007 O Espião que me Amava”,
um dos filmes em que
Roger Moore fez de James Bond.
Apesar
de uma carreira de quase três décadas no cinema internacional, Curd sempre se
considerou um homem do teatro. Também escreveu guiões e dirigiu alguns filmes,
mas sem grande sucesso.
Casou-se cinco vezes, uma delas com a actriz húngara Eva Bartok, também ex-prisioneira
de campos de concentração nazis. Jürgens manteve residência em França durante
muitos anos, voltando a Viena para representar papéis no teatro. Foi durante um
destes retornos que sofreu um ataque cardíaco, morrendo aos 66 anos de idade.
Tinha sido operado várias vezes ao coração na década de 1970.
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