EFEMÉRIDE – Arthur “Art”
Buchwald, humorista, escritor,
jornalista e notável colunista norte-americano, morreu em Washington no dia 17
de Janeiro de 2007. Nascera em Nova Iorque, em 20 de Outubro de 1925. Ficou
célebre pela sua coluna no “The
Washington Post”, que se baseava na
sátira política e servia como forma de expressão para as suas opiniões. Recebeu
o Prémio Pulitzer do Comentário em
1982 e, em 1986, foi eleito para a American
Academy and Institute of Arts and Letters.
Buchwald também ficou conhecido pelo processo que ele e o seu sócio Alain Bernheim instauraram contra a Paramount Pictures, em 1988, motivado pela controvérsia com o filme de Eddie Murphy, “Coming to America”. Buchwald alegava que a Paramount lhe roubara o guião. Ele ganhou e aceitou um pedido de acordo da Paramount. O caso serviu de argumento para um livro de 1992 intitulado “Fatal Subtraction: The Inside Story of Buchwald V. Paramount”.
Em Fevereiro de 2006, recorreu a um hospital de Washington, devido à falência renal de que era vítima. Em Julho desse ano, teve alta e voltou para a sua casa de Verão, Martha's Vineyard, onde escreveu um livro sobre os cinco meses que passou no hospital: “Too Soon to Say Goodbye”.
Art Buchwald nasceu numa família de judeus alemães. A mãe, Helen Buchwald, passou 35 anos num hospital psiquiátrico e raramente viu o filho. Quando os negócios da família faliram, como consequência da grande depressão, o pai de Buchwald internou-o no Hebrew Orphan Asylum, em Nova Iorque. Buchwald foi transferido entre várias casas de acolhimento, incluindo uma hospedaria para crianças doentes em Queens, onde esteve até aos 5 anos de idade. O pai e as irmãs reuniam-se e viviam ocasionalmente numa comunidade residencial de Forest Hills, Queens. Buchwald não terminou os estudos no liceu de Forest Hills, acabando por fugir de casa aos 17 anos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quis alistar-se na marinha dos Estados Unidos, mas era demasiado novo para o fazer. Subornou então um alcoólico, com whisky, para que este assinasse como seu representante legal. Entre Outubro de 1942 e Outubro de 1945, serviu a marinha na 4th Marine Aircraft Wing. Passou dois anos no teatro de guerra do Pacífico e passou à disponibilidade como sargento.
No seu regresso, matriculou-se na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, no G.I. Bill (programa para veteranos da Segunda Guerra Mundial). Na universidade, foi editor da revista do campus “Wampus” e tinha também uma coluna no jornal universitário, “Daily Trojan”.
Em 1948, deixou a universidade, sem ter conseguido a licenciatura, e comprou um bilhete só de ida para Paris. Conseguiu trabalhos eventuais como correspondente da revista “Variety”, em Paris. Em Janeiro 1949, ficou responsável por uma coluna para a edição europeia do “The New York Herald Tribune”, intitulada “Paris After Dark”. Era constituída por informações da vida nocturna parisiense. Foi contratado e juntou-se à equipa editorial. Em 1951, iniciou uma outra coluna, “Mostly About People”.
Os s escritos de Buchwald rapidamente ganharam leitores de ambos os lados do Atlântico. Numa edição de Agosto de 1959, a revista “TIME”, ao rever a história da edição europeia do “The Herald Tribune”, considerou as suas rubricas como tendo «qualidade institucional».
Nessa época, em Paris, conheceu e entrevistou Elvis Presley, durante um fim de semana que passou no Prince de Galles Hotel, incluindo-o no seu livro “I'll always have Paris”". Foi igualmente, algures entre 1948 e 1951, que surgiram os rumores de que Buchwald tivera um breve caso amoroso com Marilyn Monroe. Este caso, se realmente existiu, durou apenas algumas semanas. Foi dito que Buchwald converteu Marilyn ao Judaísmo (ao qual ela se converteu efectivamente mais tarde). Marilyn foi a base para uma personagem da sua novela “A Gift From The Boys”, publicada em 1958.
Buchwald voltou aos Estados Unidos em 1962 e foi associado da “Tribune Media Services”. As suas colunas apareceram em mais de 550 jornais no seu auge e foram publicadas em mais de 30 livros ao longo da vida.
Em 1967, colaborou com o cineasta francês Jacques Tati no guião do filme “Playtime” no qual escreveu os diálogos em inglês.
Buchwald e a sua esposa adoptaram três crianças e viveram em Washington. Em 2000, aos 74 anos de idade, Buchwald sofreu um derrame cerebral que o deixou no hospital durante dois meses.
Em Fevereiro de 2006, a Associação de Imprensa comunicou que uma das pernas de Buchwald tinha sido amputada em decorrência de problemas circulatórios. Durante a sua permanência no hospital, convidou Diane Rehm para o entrevistar naquilo que os funcionários do hospital chamaram de «revisão de vida», que serviu também como oportunidade para se despedir dos seus leitores. Durante a transmissão do espectáculo, que foi para o ar no dia 24 de Fevereiro de 2006, revelou a decisão de parar com a hemodiálise que havia iniciado para tratar da insuficiência renal. Se bem que demonstrasse alguma nebulosidade mental de vez em quando, o seu humor e charme mantiveram-se evidentes durante a entrevista.
Em Novembro de 2006, Kyra Phillips entrevistou-o para a CNN. Phillips tinha-o conhecido quando o entrevistara, ainda estudante, em 1989. No dia 22 de Novembro de 2006, Buchwald apareceu novamente no programa televisivo de Diane Rehm. Faleceria dois meses depois, com 81 anos de idade.
Buchwald também ficou conhecido pelo processo que ele e o seu sócio Alain Bernheim instauraram contra a Paramount Pictures, em 1988, motivado pela controvérsia com o filme de Eddie Murphy, “Coming to America”. Buchwald alegava que a Paramount lhe roubara o guião. Ele ganhou e aceitou um pedido de acordo da Paramount. O caso serviu de argumento para um livro de 1992 intitulado “Fatal Subtraction: The Inside Story of Buchwald V. Paramount”.
Em Fevereiro de 2006, recorreu a um hospital de Washington, devido à falência renal de que era vítima. Em Julho desse ano, teve alta e voltou para a sua casa de Verão, Martha's Vineyard, onde escreveu um livro sobre os cinco meses que passou no hospital: “Too Soon to Say Goodbye”.
Art Buchwald nasceu numa família de judeus alemães. A mãe, Helen Buchwald, passou 35 anos num hospital psiquiátrico e raramente viu o filho. Quando os negócios da família faliram, como consequência da grande depressão, o pai de Buchwald internou-o no Hebrew Orphan Asylum, em Nova Iorque. Buchwald foi transferido entre várias casas de acolhimento, incluindo uma hospedaria para crianças doentes em Queens, onde esteve até aos 5 anos de idade. O pai e as irmãs reuniam-se e viviam ocasionalmente numa comunidade residencial de Forest Hills, Queens. Buchwald não terminou os estudos no liceu de Forest Hills, acabando por fugir de casa aos 17 anos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, quis alistar-se na marinha dos Estados Unidos, mas era demasiado novo para o fazer. Subornou então um alcoólico, com whisky, para que este assinasse como seu representante legal. Entre Outubro de 1942 e Outubro de 1945, serviu a marinha na 4th Marine Aircraft Wing. Passou dois anos no teatro de guerra do Pacífico e passou à disponibilidade como sargento.
No seu regresso, matriculou-se na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, no G.I. Bill (programa para veteranos da Segunda Guerra Mundial). Na universidade, foi editor da revista do campus “Wampus” e tinha também uma coluna no jornal universitário, “Daily Trojan”.
Em 1948, deixou a universidade, sem ter conseguido a licenciatura, e comprou um bilhete só de ida para Paris. Conseguiu trabalhos eventuais como correspondente da revista “Variety”, em Paris. Em Janeiro 1949, ficou responsável por uma coluna para a edição europeia do “The New York Herald Tribune”, intitulada “Paris After Dark”. Era constituída por informações da vida nocturna parisiense. Foi contratado e juntou-se à equipa editorial. Em 1951, iniciou uma outra coluna, “Mostly About People”.
Os s escritos de Buchwald rapidamente ganharam leitores de ambos os lados do Atlântico. Numa edição de Agosto de 1959, a revista “TIME”, ao rever a história da edição europeia do “The Herald Tribune”, considerou as suas rubricas como tendo «qualidade institucional».
Nessa época, em Paris, conheceu e entrevistou Elvis Presley, durante um fim de semana que passou no Prince de Galles Hotel, incluindo-o no seu livro “I'll always have Paris”". Foi igualmente, algures entre 1948 e 1951, que surgiram os rumores de que Buchwald tivera um breve caso amoroso com Marilyn Monroe. Este caso, se realmente existiu, durou apenas algumas semanas. Foi dito que Buchwald converteu Marilyn ao Judaísmo (ao qual ela se converteu efectivamente mais tarde). Marilyn foi a base para uma personagem da sua novela “A Gift From The Boys”, publicada em 1958.
Buchwald voltou aos Estados Unidos em 1962 e foi associado da “Tribune Media Services”. As suas colunas apareceram em mais de 550 jornais no seu auge e foram publicadas em mais de 30 livros ao longo da vida.
Em 1967, colaborou com o cineasta francês Jacques Tati no guião do filme “Playtime” no qual escreveu os diálogos em inglês.
Buchwald e a sua esposa adoptaram três crianças e viveram em Washington. Em 2000, aos 74 anos de idade, Buchwald sofreu um derrame cerebral que o deixou no hospital durante dois meses.
Em Fevereiro de 2006, a Associação de Imprensa comunicou que uma das pernas de Buchwald tinha sido amputada em decorrência de problemas circulatórios. Durante a sua permanência no hospital, convidou Diane Rehm para o entrevistar naquilo que os funcionários do hospital chamaram de «revisão de vida», que serviu também como oportunidade para se despedir dos seus leitores. Durante a transmissão do espectáculo, que foi para o ar no dia 24 de Fevereiro de 2006, revelou a decisão de parar com a hemodiálise que havia iniciado para tratar da insuficiência renal. Se bem que demonstrasse alguma nebulosidade mental de vez em quando, o seu humor e charme mantiveram-se evidentes durante a entrevista.
Em Novembro de 2006, Kyra Phillips entrevistou-o para a CNN. Phillips tinha-o conhecido quando o entrevistara, ainda estudante, em 1989. No dia 22 de Novembro de 2006, Buchwald apareceu novamente no programa televisivo de Diane Rehm. Faleceria dois meses depois, com 81 anos de idade.
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