EFEMÉRIDE - Walter Michael
Miller, Jr., escritor norte-americano de ficção científica, nasceu em New Smyrna
Beach no dia 23 de Janeiro de 1923. Morreu em Dayton Beach, em 9 de Janeiro
de 1996.
Com o romance “A Canticle for Leibowitz”, único publicado em vida e traduzido para muitos idiomas, Miller ganhou o Prémio Hugo de Melhor Romance em 1961. O seu segundo romance, continuação do primeiro, intitulado “Saint Leibowitz and the Wild Horse Woman”, só foi publicado postumamente, em 1997. Ambas as obras reflectem as preocupações religiosas de Miller, que era católico convertido desde 1947, aos 25 anos, e a sua visão da humanidade e da história, segundo a qual as culturas passam por um ciclo de vida de nascimento e decadência. O “Cântico” é considerado «o melhor romance pós-apocalíptico». Publicou, ainda, cerca de 40 contos e novelas de ficção-científica.
Miller estudou na Universidade de Tennessee, de 1940 a 1942. Depois do ataque aéreo a Pearl Harbor, durante a II Guerra Mundial, alistou-se na Força Aérea Americana. Passou o resto da guerra como radiotelegrafista e artilheiro de retaguarda, tendo participado em 53 bombardeios sobre a Itália e os Balcãs. Num deles, destruiu o Mosteiro Beneditino de Monte Cassino, em Itália. O controverso ataque ao mais antigo mosteiro do mundo ocidental foi uma experiência traumatizante para o futuro escritor.
Depois da guerra, Miller casou-se com Anna Louise Becker e tiveram 4 filhos. Estudou Engenharia na Universidade do Texas e trabalhou para empresas de caminhos de ferro. Depois de sofrer de depressão durante décadas, Miller tornou-se patologicamente um recluso, evitando qualquer contacto com os conhecidos e até mesmo com membros da sua família. Suicidou-se, com um revólver, em Janeiro de 1996, poucos dias antes de completar 73 anos.
Miller começou a publicar contos na década de 1950. Em Março daquele ano, publicou “MacDoughal’s Wife Leibowitz”, no “American Mercury” e, em Maio do mesmo ano, “Month of Mary”, na revista “Extension Magazine”. A seguir, foi a vez de “Secret of the Death Dome”, em “Amazing Stories”. Em 1955, recebeu o Prémio Hugo pela novela “The Darfsteller”, sobre um teatro que substituiu os actores humanos por bonecos em tamanho real, controlados pelo Maestro, igualmente uma máquina.
Muitas das suas mais de 40 novelas e contos transfiguraram a ficção-científica convencional, por examinar questões éticas, a relação da humanidade com a tecnologia e o progresso na história. Em “Crucifixus Etiam”, de 1953, um trabalhador peruano, trabalhando em Marte, descobre que não poderá jamais regressar à Terra e sacrifica, assim, o resto da sua vida pelas futuras gerações. O tema do sacrifício também é central em “Eu, sonhador”, no qual uma máquina com órgãos humanos empreende uma missão suicida para salvar um grupo de rebeldes.
“Um Cântico para Leibowitz”, a mais conhecida obra de Miller, é sobre a longa e lenta reconstrução da civilização depois de uma guerra nuclear. Na superfície da Terra reverberam-se os temores da aniquilação nuclear, actualizada e metamorfoseada num novo grande Dilúvio de base religiosa, do período da Guerra Fria e o colapso dos ideais democráticos sob ideologias totalitárias. Contudo, a história épica de Miller não é uma alegoria política, mas uma ilustração do ditame de que «aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repeti-la». “Um Cântico para Leibowitz” teve uma adaptação radiofónica em 1981.
Com o romance “A Canticle for Leibowitz”, único publicado em vida e traduzido para muitos idiomas, Miller ganhou o Prémio Hugo de Melhor Romance em 1961. O seu segundo romance, continuação do primeiro, intitulado “Saint Leibowitz and the Wild Horse Woman”, só foi publicado postumamente, em 1997. Ambas as obras reflectem as preocupações religiosas de Miller, que era católico convertido desde 1947, aos 25 anos, e a sua visão da humanidade e da história, segundo a qual as culturas passam por um ciclo de vida de nascimento e decadência. O “Cântico” é considerado «o melhor romance pós-apocalíptico». Publicou, ainda, cerca de 40 contos e novelas de ficção-científica.
Miller estudou na Universidade de Tennessee, de 1940 a 1942. Depois do ataque aéreo a Pearl Harbor, durante a II Guerra Mundial, alistou-se na Força Aérea Americana. Passou o resto da guerra como radiotelegrafista e artilheiro de retaguarda, tendo participado em 53 bombardeios sobre a Itália e os Balcãs. Num deles, destruiu o Mosteiro Beneditino de Monte Cassino, em Itália. O controverso ataque ao mais antigo mosteiro do mundo ocidental foi uma experiência traumatizante para o futuro escritor.
Depois da guerra, Miller casou-se com Anna Louise Becker e tiveram 4 filhos. Estudou Engenharia na Universidade do Texas e trabalhou para empresas de caminhos de ferro. Depois de sofrer de depressão durante décadas, Miller tornou-se patologicamente um recluso, evitando qualquer contacto com os conhecidos e até mesmo com membros da sua família. Suicidou-se, com um revólver, em Janeiro de 1996, poucos dias antes de completar 73 anos.
Miller começou a publicar contos na década de 1950. Em Março daquele ano, publicou “MacDoughal’s Wife Leibowitz”, no “American Mercury” e, em Maio do mesmo ano, “Month of Mary”, na revista “Extension Magazine”. A seguir, foi a vez de “Secret of the Death Dome”, em “Amazing Stories”. Em 1955, recebeu o Prémio Hugo pela novela “The Darfsteller”, sobre um teatro que substituiu os actores humanos por bonecos em tamanho real, controlados pelo Maestro, igualmente uma máquina.
Muitas das suas mais de 40 novelas e contos transfiguraram a ficção-científica convencional, por examinar questões éticas, a relação da humanidade com a tecnologia e o progresso na história. Em “Crucifixus Etiam”, de 1953, um trabalhador peruano, trabalhando em Marte, descobre que não poderá jamais regressar à Terra e sacrifica, assim, o resto da sua vida pelas futuras gerações. O tema do sacrifício também é central em “Eu, sonhador”, no qual uma máquina com órgãos humanos empreende uma missão suicida para salvar um grupo de rebeldes.
“Um Cântico para Leibowitz”, a mais conhecida obra de Miller, é sobre a longa e lenta reconstrução da civilização depois de uma guerra nuclear. Na superfície da Terra reverberam-se os temores da aniquilação nuclear, actualizada e metamorfoseada num novo grande Dilúvio de base religiosa, do período da Guerra Fria e o colapso dos ideais democráticos sob ideologias totalitárias. Contudo, a história épica de Miller não é uma alegoria política, mas uma ilustração do ditame de que «aqueles que não aprendem com a história estão condenados a repeti-la». “Um Cântico para Leibowitz” teve uma adaptação radiofónica em 1981.
Sem comentários:
Enviar um comentário