EFEMÉRIDE - Carlos Slim
Helú, empresário mexicano, nasceu na Cidade
do México no dia 28 de Janeiro de 1940. É conhecido no seu país por Midas, devido à sua habilidade em
transformar empreendimentos decadentes em companhias saudáveis e lucrativas.
A sua fortuna está avaliada em mais de 70 biliões de dólares, sendo um dos homens mais ricos do mundo. Deixou o controlo das suas empresas aos filhos, genros e sobrinhos, segundo diz «para que eles aprendam a gerir negócios e a trabalhar».
Carlos Slim é viúvo, pai de seis filhos e avô de dezoito netos. Muito chegado à família, uma vez por semana reúne os filhos, genros, noras e netos para jantar. Começou a trabalhar aos oito anos de idade, ajudando o pai, libanês a viver no México desde 1902, na loja Estrela do Oriente.
O pai foi uma figura de grande importância no seu destino. Ensinou-lhe alguns princípios para obter altos rendimentos: vender muito e a preço baixo, ter sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócios e investir a longo prazo. aos doze anos, aos domingos, nos almoços familiares, montava uma mesa sob a escada e vendia doces aos primos. Aos 15 anos, já tinha 44 acções do Banco Nacional do México.
Formou-se em Engenharia Civil na Universidade Autónoma Nacional do México e ensinou Álgebra Linear e de Programação, enquanto estudava para o seu diploma. Também fez um curso sobre avaliação de projectos e desenvolvimento económico na Cepal, em Santiago do Chile. Foi professor durante um curto período e trabalhou como operador na Bolsa Mexicana de Valores.
Casou-se em 1960, aos 21 anos de idade, segundo a tradição libanesa católica. Em vez de construir um casarão para a família no terreno que herdou do pai, ergueu ali um prédio de apartamentos. Carlos e Soumaya ocuparam um, alugando ou vendendo os demais. Assim surgiu o seu primeiro empreendimento, a Imobiliária Carso.
Entre 1965 e 1969, adquiriu condomínios e terrenos em diversas partes da Cidade do México, que somavam uma superfície de mais de um milhão de metros quadrados e não parou mais de crescer. Com a herança que recebeu dos pais, fez investimentos audaciosos. Na década de 1980, em plena crise recessiva provocada pela queda do preço do petróleo, aproveitou um dos ensinamentos do pai («ter sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócios»). Tendo em conta o elevado déficit público mexicano, comprou a Cigatam, principal companhia de cigarros e charutos do país, uma fábrica de autopeças e uma cadeia de restaurantes.
A sua grande investida aconteceu em 1990, quando a decadente companhia Telefones de Barra Mansa, BMmex, foi privatizada a um preço muito inferior ao que seria normal. Slim ganhou à concorrência e transformou a empresa deficitária na maior companhia privada do país, a jóia da coroa de seu império. Com mais de 10 milhões de assinantes, tem 90% do mercado mexicano. A partir da Telmex, Slim Helú criou a América Móvil, operadora de celulares que tem cinco milhões de clientes no México. As suas empresas pagam mais de cinco biliões de dólares em impostos, empregam mais de 200 mil trabalhadores e respondem por quase metade do PIB do México.
O empresário expandiu os seus negócios por todo o continente americano. Hoje, tem companhias de telecomunicações na Guatemala, Porto Rico, Peru, Equador, El Salvador, Nicarágua, Argentina, Chile e Colômbia. Tem participação nas maiores companhias de telecomunicações, do Canadá à Terra do Fogo. No Brasil, comprou a participação da Globopar na rede de TV a cabo NET, que tem 6 milhões de clientes. Também controla a Claro, segunda empresa de celulares do país, com mais de 40 milhões de clientes, e a Embratel, que opera ligações à distância. Os seus investimentos nos Estados Unidos incluem participações na Philip Morris (hoje, Altria Group) e na Saks Incorporated. Tornou-se o maior accionista da MCI, a segunda operadora de telefonia de longa distância americana. Adquiriu cerca de 3% da Apple Computer e, um ano depois, com o aparecimento do iMac, o valor das acções da empresa saltou de 17 para 100 dólares cada. Associou-se ao empresário americano Bill Gates, o dono da Microsoft, para criar um portal na internet destinado aos hispanos.
O seu escritório não tem computador, laptop ou qualquer outro apetrecho tecnológico que lhe permita acompanhar os movimentos financeiros on-line. Quando precisa de uma informação, pega o telefone e pede a um colaborador. Curiosamente, o seu grupo vende mais de mil computadores por dia no México e milhares de pessoas em todo o mundo consultam o seu portal na internet. Além disso, Slim criou um centro de pesquisas associado ao MIT americano para desenvolver novas tecnologias de informação adequadas à América Latina, para a formação de especialistas e para a transferência de conhecimentos.
Actualmente, todos os seus investimentos estão concentrados numa holding, o Grupo Carso. A sua residência fixa continua a ser na Cidade do México, mas há anos que vive pelo mundo, cuidando dos seus negócios nas áreas das comunicações, dos transportes, da mineração, do comércio, das finanças, dos seguros e da indústria de componentes automóveis.
É o maior coleccionador privado de esculturas de Rodin (só existem mais peças no museu francês que tem o nome do artista), entre outras obras. Construiu um espaço para franquear ao público a sua colecção, o Museu Soumaya (o nome da sua esposa, falecida em 1999).
Criou uma fundação dedicada a restaurar prédios coloniais, que estavam totalmente degradados no centro histórico da capital, onde passou a sua infância. As fundações da Telmex e do Grupo Carso dedicam-se à educação, saúde e cultura. Têm programas de nutrição para crianças que vivem nas regiões mais pobres e cobrem também as despesas cirúrgicas de pessoas a viver em zonas rurais do México.
Em 1997, Carlos Slim foi operado ao coração e afastou-se mais de funções executivas. Em 2008, tornou-se o 2º accionista do diário norte-americano “The New York Times”.
A sua fortuna está avaliada em mais de 70 biliões de dólares, sendo um dos homens mais ricos do mundo. Deixou o controlo das suas empresas aos filhos, genros e sobrinhos, segundo diz «para que eles aprendam a gerir negócios e a trabalhar».
Carlos Slim é viúvo, pai de seis filhos e avô de dezoito netos. Muito chegado à família, uma vez por semana reúne os filhos, genros, noras e netos para jantar. Começou a trabalhar aos oito anos de idade, ajudando o pai, libanês a viver no México desde 1902, na loja Estrela do Oriente.
O pai foi uma figura de grande importância no seu destino. Ensinou-lhe alguns princípios para obter altos rendimentos: vender muito e a preço baixo, ter sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócios e investir a longo prazo. aos doze anos, aos domingos, nos almoços familiares, montava uma mesa sob a escada e vendia doces aos primos. Aos 15 anos, já tinha 44 acções do Banco Nacional do México.
Formou-se em Engenharia Civil na Universidade Autónoma Nacional do México e ensinou Álgebra Linear e de Programação, enquanto estudava para o seu diploma. Também fez um curso sobre avaliação de projectos e desenvolvimento económico na Cepal, em Santiago do Chile. Foi professor durante um curto período e trabalhou como operador na Bolsa Mexicana de Valores.
Casou-se em 1960, aos 21 anos de idade, segundo a tradição libanesa católica. Em vez de construir um casarão para a família no terreno que herdou do pai, ergueu ali um prédio de apartamentos. Carlos e Soumaya ocuparam um, alugando ou vendendo os demais. Assim surgiu o seu primeiro empreendimento, a Imobiliária Carso.
Entre 1965 e 1969, adquiriu condomínios e terrenos em diversas partes da Cidade do México, que somavam uma superfície de mais de um milhão de metros quadrados e não parou mais de crescer. Com a herança que recebeu dos pais, fez investimentos audaciosos. Na década de 1980, em plena crise recessiva provocada pela queda do preço do petróleo, aproveitou um dos ensinamentos do pai («ter sempre uma reserva para aproveitar boas oportunidades de negócios»). Tendo em conta o elevado déficit público mexicano, comprou a Cigatam, principal companhia de cigarros e charutos do país, uma fábrica de autopeças e uma cadeia de restaurantes.
A sua grande investida aconteceu em 1990, quando a decadente companhia Telefones de Barra Mansa, BMmex, foi privatizada a um preço muito inferior ao que seria normal. Slim ganhou à concorrência e transformou a empresa deficitária na maior companhia privada do país, a jóia da coroa de seu império. Com mais de 10 milhões de assinantes, tem 90% do mercado mexicano. A partir da Telmex, Slim Helú criou a América Móvil, operadora de celulares que tem cinco milhões de clientes no México. As suas empresas pagam mais de cinco biliões de dólares em impostos, empregam mais de 200 mil trabalhadores e respondem por quase metade do PIB do México.
O empresário expandiu os seus negócios por todo o continente americano. Hoje, tem companhias de telecomunicações na Guatemala, Porto Rico, Peru, Equador, El Salvador, Nicarágua, Argentina, Chile e Colômbia. Tem participação nas maiores companhias de telecomunicações, do Canadá à Terra do Fogo. No Brasil, comprou a participação da Globopar na rede de TV a cabo NET, que tem 6 milhões de clientes. Também controla a Claro, segunda empresa de celulares do país, com mais de 40 milhões de clientes, e a Embratel, que opera ligações à distância. Os seus investimentos nos Estados Unidos incluem participações na Philip Morris (hoje, Altria Group) e na Saks Incorporated. Tornou-se o maior accionista da MCI, a segunda operadora de telefonia de longa distância americana. Adquiriu cerca de 3% da Apple Computer e, um ano depois, com o aparecimento do iMac, o valor das acções da empresa saltou de 17 para 100 dólares cada. Associou-se ao empresário americano Bill Gates, o dono da Microsoft, para criar um portal na internet destinado aos hispanos.
O seu escritório não tem computador, laptop ou qualquer outro apetrecho tecnológico que lhe permita acompanhar os movimentos financeiros on-line. Quando precisa de uma informação, pega o telefone e pede a um colaborador. Curiosamente, o seu grupo vende mais de mil computadores por dia no México e milhares de pessoas em todo o mundo consultam o seu portal na internet. Além disso, Slim criou um centro de pesquisas associado ao MIT americano para desenvolver novas tecnologias de informação adequadas à América Latina, para a formação de especialistas e para a transferência de conhecimentos.
Actualmente, todos os seus investimentos estão concentrados numa holding, o Grupo Carso. A sua residência fixa continua a ser na Cidade do México, mas há anos que vive pelo mundo, cuidando dos seus negócios nas áreas das comunicações, dos transportes, da mineração, do comércio, das finanças, dos seguros e da indústria de componentes automóveis.
É o maior coleccionador privado de esculturas de Rodin (só existem mais peças no museu francês que tem o nome do artista), entre outras obras. Construiu um espaço para franquear ao público a sua colecção, o Museu Soumaya (o nome da sua esposa, falecida em 1999).
Criou uma fundação dedicada a restaurar prédios coloniais, que estavam totalmente degradados no centro histórico da capital, onde passou a sua infância. As fundações da Telmex e do Grupo Carso dedicam-se à educação, saúde e cultura. Têm programas de nutrição para crianças que vivem nas regiões mais pobres e cobrem também as despesas cirúrgicas de pessoas a viver em zonas rurais do México.
Em 1997, Carlos Slim foi operado ao coração e afastou-se mais de funções executivas. Em 2008, tornou-se o 2º accionista do diário norte-americano “The New York Times”.
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