EFEMÉRIDE
– Tomie Ohtake, artista plástica japonesa naturalizada brasileira, nasceu em
Quioto no dia 21 de Novembro de 1913. Morreu em São Paulo , em 12 de Fevereiro
de 2015.
Ohtake
é uma das principais representantes do abstraccionismo informal. A sua obra
abrange pinturas, gravuras e esculturas. Foi premiada no Salão Nacional de
Arte Moderna, em 1960. Em 1988, foi galardoada com a Ordem do Rio Branco
pela escultura pública comemorativa dos 80 anos da imigração japonesa, em São Paulo. Pela
sua carreira, Tomie Ohtake é considerada a “dama das artes plásticas brasileiras”.
Chegou
ao Brasil em 1936 para visitar um irmão, conheceu o agrónomo Ushio Ohtake,
também japonês, com quem se casou e teve dois filhos. A família estabeleceu-se
no bairro da Mooca, na capital paulista.
Em
1952, iniciou-se na pintura com o artista Keisuke Sugano. No ano seguinte,
integrou o Grupo Seibi. Passou um certo tempo a produzir obras no
contexto da arte figurativa, mas veio a definir-se como abstraccionista. A
partir dos anos 1970, passou a fazer serigrafias, litografias e gravuras
em metal. Naturalizou-se
brasileira em 1968.
Nos
anos 1950/70, entrou em diversas exposições no Brasil e no estrangeiro,
tendo sido premiada na maioria delas. Foi convidada a participar na Bienal
de Veneza em 1972, pela própria instituição. Recebeu o Prémio Panorama
da Pintura Brasileira concedido pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Na 23ª
Bienal Internacional de São Paulo, em 1995, teve uma sala especial para as
suas esculturas. Tomie destacou-se ainda com esculturas de grandes dimensões em
espaços públicos. Actualmente, 27 dos seus trabalhos são obras públicas situadas
em diversas cidades brasileiras. Em São Paulo , alguns desses trabalhos tornaram-se
marcos paulistanos,
como os quatro grandes painéis da Estação Consolação do metro de São
Paulo, a escultura em concreto armado na Avenida 23 de Maio e um mural
na Ladeira da Memória.
Em
1995, escreveu – juntamente com Alberto Goldin – o livro intitulado “Gota
d’água”, que foi escolhido pela Jugend Bibliothek de Munique, na
Alemanha, como um dos melhores livros editados no Brasil naquele ano. Ainda em
1995, recebeu o Prémio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da
Cultura. Em 2000, foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
Morreu
aos 101 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em decorrência de choque
séptico causado por uma broncopneumonia.
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