EFEMÉRIDE
– Margaret Munnerlyn Mitchell, jornalista e escritora
norte-americana, nasceu em Atlanta no dia 8 de Novembro de 1900. Morreu na
mesma cidade em 16 de Agosto de 1949.
Margaret
cresceu a ouvir histórias sobre a Guerra Civil contadas pelos seus familiares
e por combatentes veteranos. Obcecada pela escrita, ainda em criança, costumava
levantar-se a meio da noite para anotar ideias a desenvolver em novelas e peças
teatrais.
No Outono
de 1918, ingressou no Smith College, em Northampton, pouco antes da
entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial. Durante o
conflito, o seu noivo foi morto em França (Janeiro de 1919). A mãe faleceu, no
mesmo ano, durante a epidemia de gripe espanhola. Este último
acontecimento obrigou Margaret a abandonar os estudos e a voltar para casa, mas
ela não tinha temperamento para se dedicar apenas a cuidar do pai e do irmão
mais velho. O seu comportamento sensível e o seu trabalho em projectos sociais
junto da população negra de Atlanta, começaram a escandalizar a sociedade
conservadora da cidade.
Em Setembro
de 1922, casou-se com Red Upshaw, ex-jogador de futebol americano e
(descobriu-se depois) contrabandista de bebidas. Como os rendimentos do marido
não fossem suficientes para a manutenção do casal, mudaram-se para a casa dos
Mitchell e ela arranjou um emprego como repórter no “The Atlanta Journal
Sunday Magazine”, onde um ex-namorado, John R. Marsh, trabalhava como
editor.
Assinou
mais de 130 trabalhos jornalísticos. A aproximação profissional com Marsh e o
comportamento violento de Upshaw, levaram Margaret a divorciar-se em Outubro de
1924. Em Julho de 1925, casou-se com Marsh. O casal foi residir num apartamento
térreo na Crescent Avenue, local que Margaret chamava carinhosamente de “The
Dump” (“O Depósito”).
Poucos
meses após o casamento, Margaret teve de afastar-se do jornal por razões de
saúde. Durante o período de convalescença, começou a escrever a história que a
tornaria famosa, “E Tudo o Vento Levou”. Em 1929, a maior parte do livro
estava terminada e, em 1935, a Editora Macmillan adquiriu os direitos de
publicação.
Lançada
em Junho de 1936, a obra tornou-se rapidamente um best-seller. Em Outubro desse
mesmo ano, já tinha sido vendido um milhão de exemplares e os direitos de
filmagem foram comprados pelo produtor David O. Selznick, pela (na época)
elevada soma de 50 000 dólares. Em Maio de 1937, o livro foi premiado com o Pulitzer,
traduzido em 27 línguas e atingiu mais de 30 milhões de exemplares vendidos.
O
filme, realizado por Victor Fleming e interpretado por Vivien Leigh e Clark
Gable, teve o seu lançamento mundial em Atlanta, em Dezembro de 1939 e contou
com a presença da tímida autora na plateia. Os direitos autorais recebidos pela
obra e pela adaptação cinematográfica tornaram-na uma mulher rica e ela, envolvida
nas suas actividades de filantropia, decidiu encerrar a sua carreira literária.
Em
Agosto de 1949, ao atravessar uma rua próxima da sua residência, Margaret foi
atropelada por uma viatura. Levada para um hospital, ficou em estado de coma e faleceu
cinco dias depois. John Marsh morreria em 1952 e foi sepultado ao lado da
esposa, no Cemitério Oakland em Atlanta.
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