EFEMÉRIDE
– Carlos Cardoso, jornalista moçambicano, morreu no Maputo em 22 de Novembro
de 2000. Nascera na Beira em 1951. Foi assassinado quando investigava um
presumível caso de corrupção ligado à privatização do maior banco de
Moçambique.
Filho
de um português que imigrou para Moçambique na época colonial, proprietário de
uma empresa de transformação de produtos lácteos, Carlos Cardoso frequentou a
escola em Moçambique e o liceu na África do Sul, onde ingressou depois na Universidade
do Witwatersrand.
Depois
de vários anos a trabalhar em órgãos de informação do Estado (os únicos que
existiam em Moçambique até à abertura política), Cardoso foi membro fundador da
primeira cooperativa de jornalistas, a Mediacoop, proprietária do
semanário “Savana” e do diário “Mediafax” (1992). Em 1997, fundou
o seu próprio diário, também distribuído por fax, o “Metical”, que – como
o nome indica (Metical é a moeda de Moçambique) – era virado essencialmente
para questões económicas.
Iniciara
a actividade jornalística em 1975, no semanário “Tempo”. Continuou depois
na Rádio Moçambique e na Agência de Informação de Moçambique,
onde foi director durante dez anos. Foram duas décadas a exercer o jornalismo
como uma forma de contribuir para a informação no seu país.
Carlos
Cardoso também se dedicou às artes plásticas, tendo realizado a sua primeira
exposição de pintura, denominada “Os habitantes do forno”, no ano de
1990, na cidade de Maputo.
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