EFEMÉRIDE
– Gisela João, fadista portuguesa, nasceu em Barcelos no dia 6 de Novembro
de 1983. Começou a interessar-se pelo fado com oito anos. Aos 16/17 anos de
idade, já cantava na Adega Lusitana, em Barcelos. Foi para o
Porto, em 2000, para estudar Design. Em breve, estava a cantar noutra
casa de fados. Viveu durante seis anos no Porto para, finalmente, o canto impor
a sua vontade e a trazer até Lisboa.
Em
2009, gravou um álbum com o conjunto portuense Atlantihda. Seguiu-se um
convite para participar num disco de Fernando Alvim, histórico guitarrista
português, intitulado “O Fado E As Canções do Alvim” (2011). Participou igualmente,
como fadista, no filme “O Grande Kilapy” (2012).
Numa
pequena casa ‘emprestada’ na Mouraria debateu-se com o peso imenso da solidão,
pensou várias vezes em desistir, mas resistiu. Foi conquistando o público, das casas
de fado à mítica discoteca Lux e do Pequeno Auditório do Centro
Cultural de Belém ao Teatro São Luiz.
Tal
ascensão levou-a a ser considerada uma das maiores revelações do fado no
feminino dos últimos anos. Faltava gravar um disco e encontrou em Frederico Pereira
o cúmplice ideal para iniciar as gravações.
O
ano de 2013 foi o da consagração, com a edição do seu disco de estreia “Gisela
João”, em Julho. Duas
semanas depois, o álbum alcançava o primeiro lugar no top de vendas nacional,
sendo aclamado pela grande maioria dos críticos, que o consideraram o mais
importante disco de estreia de um artista português no século XXI. Gisela recebeu
então o Prémio Revelação Amália, com quem o seu talento já foi comparado
várias vezes.
Este
álbum foi também considerado o melhor álbum nacional do ano por várias
publicações de referência como a “Blitz”, o “Expresso”, o “Público”,
a “Time Out” e o site “Cotonete”, tendo atingido vendas que lhe
valeram um Disco de Platina. Gisela João foi ainda distinguida com um Globo
de Ouro na categoria de Melhor Intérprete Individual e com o Prémio
José Afonso 2014. Ainda em 2014, esgotou a Casa da Música e o Centro
Cultural de Belém.
A
crescente afirmação e aclamação de Gisela continuou em 2015, com destaque para
o mês de Janeiro, quando esgotou duas das mais emblemáticas salas nacionais: o Coliseu
do Porto e o Coliseu de Lisboa. Deu igualmente vários concertos em
palcos estrangeiros: França, Estados Unidos, Inglaterra, Bélgica, Espanha,
Suíça, Eslovénia e Alemanha, entre outros países.
Participou
no álbum de tributo a Amália Rodrigues, “Amália: As Vozes do Fado”,
disco que reuniu alguns dos artistas mais icónicos do fado e onde interpretou
os temas “Medo” e “Meu Amor, Meu Amor”, num dueto com o fadista Camané.
O
final de 2015 trouxe ainda uma série de espectáculos “Caixinha de Música”,
uma colaboração de Gisela com o Teatro Municipal São Luiz, onde ela
emprestou a sua voz para homenagear alguns dos intérpretes mais importantes
desde a primeira metade do século XX até aos dias de hoje, como Serge
Gainsbourg, Ella Fitzgerald, Amy Winehouse, Leonard Cohen e Violeta Parra,
entre muitos outros.
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