EFEMÉRIDE
– Michael Brecker, saxofonista de jazz, morreu em Nova Iorque no dia 13
de Janeiro de 2007. Nascera em Filadélfia, em 29 de Março de 1949. Ganhou
onze Grammy Awards como músico e compositor e, postumamente, ainda lhe
foi atribuído este prémio mais quatro vezes.
Criado
em Cheltenham
Township , Michael tomou contacto com a música ainda criança,
em virtude do pai ser pianista de jazz amador. Pertencente a uma geração que
viu o jazz rock não como um inimigo, mas como uma opção musical viável, Brecker
começou a estudar clarinete e saxofone alto. Em seguida, ingressou numa escola,
onde escolheu o saxofone tenor como seu principal instrumento.
Licenciou-se
na Cheltenham High School em 1967 e, depois de um ano na Indiana
University, mudou-se para Nova Iorque em 1970. Estreou-se aos 21 anos como
membro da banda de jazz rock Dreams, que incluía o seu irmão mais velho
Randy no trompete, o trombonista Barry Rogers e o baterista Billy Cobham. A
duração da Dreams foi curta, apenas um ano, mas mesmo assim foi muito
influente.
A
maioria do trabalho inicial de Brecker teve por timbre uma abordagem baseada
tanto nas guitarras de rock como nos saxofones do R&B. Após a Dreams,
actuou com Horace Silver e com Billy Cobham, mais uma vez, antes de se unir
novamente com o seu irmão Randy para formar a banda Brecker Brothers. A
banda seguiu as tendências jazz/rock da época, mas com muito mais atenção aos
arranjos estruturados e uma forte influência rock. A banda permaneceu junta de
1975 a 1982 com sucesso e musicalidade consistentes.
Ao
mesmo tempo, Brecker deixou a sua marca como solista em numerosas gravações pop
e rock. As suas mais notáveis colaborações incluíram Paul Simon &
Arthur Garfunkel, Lou Reed, Joni Mitchell, Eric Clapton, Aerosmith,
Frank Sinatra, Frank Zappa, John Lennon, Dire Straits e Bruce
Springsteen, entre outros. No início de 1980, foi também membro da banda NBC's
Saturday Night Live. Gravou ou tocou também com as principais figuras do
jazz da sua época, incluindo Chet Baker, Quincy Jones e muitos outros.
Após
a co-liderança, com Mike Mainieri, do grupo Steps Ahead, Brecker gravou finalmente
um álbum a solo em 1987, que ficou marcado pelo retorno a uma
configuração de jazz mais tradicional. Continuou a gravar álbuns nos anos 1990
e 2000, ganhando vários Grammy Awards. As suas tournées a solo
ou em grupo, pelas principais cidades mundiais, tinham geralmente lotações
esgotadas.
Durante
uma apresentação no Festival de Jazz do Monte Fuji em 2004, Brecker sentiu
uma forte dor nas costas. Pouco tempo depois, em 2005, foram-lhe diagnosticados
sérios problemas sanguíneos (síndrome mielodisplásica). Apesar de
uma busca amplamente divulgada, não foi possível encontrar um doador de células
estaminais compatível. No final de 2005, foi submetido a um transplante
experimental com células estaminais parcialmente compatíveis. Em 2006, parecia
estar a recuperar, mas o tratamento acabou por não resultar na cura. Fez a sua
última performance em público em Junho de 2006, no Carnegie Hall.
Faleceu em 2007, vítima de leucemia.
Em Fevereiro
de 2007, Michael Brecker foi premiado postumamente com dois prémios Grammy
pela sua participação no trabalho do irmão, o álbum “Some Skunk Funk”. Foi
de novo agraciado com dois Grammy Awards, por este mesmo álbum, nas
categorias de Melhor Solo Instrumental e Melhor Álbum Instrumental de
Jazz.
Sem comentários:
Enviar um comentário