EFEMÉRIDE
– Ismail Kadare, escritor albanês, nasceu em Gjirokastër no dia 28 de
Janeiro de 1936. Filho de um funcionário público, presenciou a devastação
da Albânia pelas tropas que se digladiaram durante a Segunda Guerra Mundial,
experiência que deixou marcas na sua vida e na sua obra.
Estudou
História e Filologia na Universidade de Tirana e no Instituto
Gorky de Literatura em
Moscovo. Em 1960, a ruptura da Albânia com a União Soviética
obrigou-o a volta à Albânia, onde iniciou a carreira de jornalista. Tinha,
aliás, começado a escrever muito jovem, em meados dos anos 1950, mas sobretudo
poesia.
Em
1963, a publicação do seu primeiro romance, “O General da Armada Morta”,
trouxe-lhe popularidade, primeiro na Albânia e depois no estrangeiro, graças à respectiva
tradução em francês. As
obras seguintes passaram a ser vendidas no mundo inteiro e foram traduzidas em
mais de 30 línguas.
Sentindo-se
ameaçado pelo regime albanês, exilou-se em França em Outubro de 1990. Actualmente,
reparte a sua vida entre os dois países.
Tem
ganho muitos prémios literários e foi nomeado diversas vezes para o Prémio
Nobel de Literatura, aparecendo na lista dos favoritos. Em 1992, recebeu o Prémio
Mundial Cino del Duca e, em 2005, o Prémio Internacional Man Booker.
Em 2009, foi galardoado com o Prémio Príncipe de Astúrias das Letras e,
em 2015, com o Prémio Jerusalém.
As
opiniões divergem sobre se Kadare foi um dissidente ou um conformista durante o
período comunista da Albânia. Em diversas ocasiões, Kadare refutou a ideia de
ter sido dissidente. Argumentos podem ser esgrimidos em ambos os sentidos. A
verdade é que ele era um escritor tolerado e foi mesmo deputado (1972/82) do
regime de Enver Hoxha.
A
sua obra, composta por novelas, romances, ensaios, poesia e peças de teatro, é
reconhecida pelo público e pela crítica como uma trave mestra da literatura
contemporânea.
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