EFEMÉRIDE
– Nuno Teotónio Pereira, arquitecto português, morreu em Lisboa no dia 20 de
Janeiro de 2016. Nascera na mesma cidade em 30 de Janeiro de 1922.
Formou-se
em Arquitectura, com 18 valores, na Escola Superior de Belas-Artes de
Lisboa (1949). Colaborou no atelier do arquitecto Carlos Ramos, entre 1940
e 1943. Ainda antes de concluir o curso, participou – em 1948 – no 1º
Congresso Nacional de Arquitectura, como arquitecto estagiário.
Fez –
com Costa Martins – a comunicação “Habitação Económica e Reajustamento
Social”. Fundou – em 1952 – o Movimento para a Renovação da Arte
Religiosa.
Entre
1948 e 1972, foi consultor de Habitações Económicas na Federação das
Caixas de Previdência, tendo realizado o primeiro concurso para habitações
de renda controlada. A nível internacional, foi o primeiro delegado português
ao Comité do Habitat da União Internacional dos Arquitectos (Bucareste,
1966). Foi presidente do conselho directivo nacional da A.A.P. nos
mandatos 1984/86 e 1987/89.
Ao
longo da sua carreira, conquistou vários prémios de arquitectura: Prémio da
I Exposição Gulbenkian 1955, com o Bloco das Águas Livres; 2.º
Prémio Nacional de Arquitectura da Fundação Gulbenkian 1961; Prémio AICA
de 1985; e os Prémios Valmor de 1967, 1971 e 1975, respectivamente
com a Torre de Habitação nos Olivais Norte, o Edifício “Franjinhas” na Rua
Braamcamp e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus (com Nuno Portas).
Recebeu
ainda: o Prémio I.N.H. de Promoção Municipal 1992, com o empreendimento
de 144 fogos em Laveiras, Oeiras; o Prémio Espiga de Ouro da Câmara
Municipal de Beja 1993; e o Prémio Municipal Eugénio dos Santos da CML,
1995.
Foi
membro honorário da Ordem dos Arquitectos desde Novembro de 1994 e Doutor
Honoris Causa pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto em
2003 e pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa em 2005.
Foi
agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade em Junho de 1995 e com a Grã-Cruz
da Ordem do Infante D. Henrique em Outubro de 2004. Recebeu a Medalha de
Ouro de Mérito Municipal de Lisboa.
Em
Abril de 2015, Nuno Teotónio Pereira foi distinguido com o Prémio
Universidade de Lisboa 2015, «pelo exercício brilhante na área da
Arquitectura e como figura ética».
Foi
uma das personalidades católicas que fizeram uma vigília na Capela do Rato, na
passagem de ano 1972/1973, assumindo posição contra as Guerra Coloniais
e a ditadura do Estado Novo, tendo sido preso.
Faleceu
na sua casa de Lisboa, após um longo período de doença e a poucos dias de
completar 94 anos de idade.
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