EFEMÉRIDE
– Chico de Assis, de seu nome completo Francisco de Assis Pereira,
dramaturgo brasileiro, morreu em
São Paulo no dia 3 de Janeiro de 2015. Nascera na mesma
cidade em 10 de Dezembro de 1933.
Começou
os seus estudos no Colégio São Paulo. Depois, foi aluno interno do Colégio
Diocesano São Luiz em
Bragança Paulista. Iniciou as suas actividades
em artes cénicas em 1953, como actor de rádio.
Ao
terminar o segundo grau de ensino, foi trabalhar na TV Tupi de São Paulo
como camera-man. Ali conheceu o ambiente televisivo, onde permaneceu até
1957, trabalhando nas mais variadas funções. Na Tupi, teve a sua
primeira peça montada, uma adaptação de “Os óculos de Pedro Antão” de
Machado de Assis. Para o mesmo canal, escreveu o seu primeiro original – “Na
Beira da Várzea”.
Em
1958, ingressou no grupo Teatro de Arena de São Paulo, onde trabalhou
como actor e fez parte da fundação do 1º Seminário de Dramaturgia do Arena
e do Laboratório de Interpretação.
Em
1960, mudou-se para o Rio de Janeiro com o Teatro de Arena, onde fez a sua
segunda assistência de direcção. A primeira tinha sido para Antunes Filho em “Plantão
21”. Desta vez, trabalhou com Zé Renato Pecora na peça “A revolução na
América do Sul” de Augusto Boal.
No
Rio, desvinculou-se do Arena e foi dirigir o Grupo do Teatro Jovem na
Faculdade de Arquitectura. Dirigiu uma peça de Oduvaldo Vianna Filho – “A
Mais Valia vai Acabar, Seu Edgard”. Foi um dos fundadores do Centro
Popular de Cultura da UNE de São Paulo, Santo André e Bahia, que revelou
inúmeros artistas.
Chico
de Assis dedicou-se ao estudo da literatura de cordel, nascendo deste
trabalho uma trilogia experimental que consta das peças “O testamento do
Cangaceiro”, “As aventuras de Ripió Lacraia” e “Farsa com
Cangaceiro Truco e Padre” (agora intitulada “Xandú Quaresma”).
A sua
peça “Missa Leiga” foi montada com sucesso no Brasil e em Portugal; sendo
levada também a Angola e Moçambique, com elenco brasileiro.
Chico
de Assis deixou um repertório de teatro de mais de 30 peças. Venceu a primeira
edição do Prémio Gastão Tojeiro em 1999. Foi professor do curso de
dramaturgia e de preparação de atores Acção Dramática.
Em
2002, ingressou na Companhia Ocamorana, como dramaturgo. Foi mestre de
dramaturgia do projecto de cidadania “Este País é Meu”, da Sociedade
Gastão Tojeiro, patrocinado pela Secretaria da Cultura do Município
de São Paulo.
Em
2014, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, pelo seu trabalho no teatro e
no ensino da dramaturgia.
Aos
81 anos, foi encontrado morto no seu apartamento, no bairro dos Jardins, em São Paulo. O seu
corpo foi velado no Teatro Arena e sepultado no cemitério da Vila
Alpina.
Sem comentários:
Enviar um comentário