quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

7 DE FEVEREIRO - LINA CAVALIERI


EFEMÉRIDE - Lina Cavalieri, soprano italiana da Belle Époque, morreu em Florença no dia 7 de Fevereiro de 1944. Nascera em Viterbo, em 25 de Dezembro de 1874. Muito bonita, dela se enamorou o príncipe russo Sergei, que lhe custeou os estudos e com quem se viria a casar.
O seu nome de baptismo era Natalina Cavalieri. Ficou órfã aos 15 anos, passando à custódia do estado e sendo enviada para viver num orfanato católico. Jovem inquieta e activa, sentindo-se infeliz sob a guarda de freiras, fugiu juntando-se a um grupo de teatro ambulante.
Possuidora de uma bela voz, a jovem foi a Paris onde as portas se lhe abriram e passou a apresentar-se por toda a Europa. Desenvolvendo o canto para ópera, Lina tornou-se uma das maiores sopranos da época. A sua estreia como tal, deu-se em Portugal, em 1900, mesmo ano em que se casou com o seu primeiro marido, o príncipe russo Sergei Bariatonsky.
Em 1904, cantou na Ópera de Monte Carlo e, em 1905, apresentou-se no Sarah Bernhardt Theatre, em Paris, ao lado de Enrico Caruso, na ópera “Fedora” de Umberto Giordano. Apresentaram-se depois, em 5 de Dezembro de 1906, no Metropolitan Opera, de Nova Iorque.
Permaneceu nos Estados Unidos nas duas temporadas seguintes, executando com Caruso, em 1907, a ópera de Puccini, “Manon Lescaut”.
A sua beleza era considerável para a época, sendo chamada com frequência de «A mulher mais bonita do mundo», segundo os padrões de então.
Durante a temporada de 1909/10, cantou na Manhattan Opera Company, de Oscar Hammerstein. O seu casamento, entretanto, chegou ao fim, casando-se em segundas núpcias com Robert Winthrop Chanler, proeminente membro da família Astor, de Nova Iorque - um enlace que teve curta duração.
Voltando para a Europa, Cavalieri tornou-se estrela favorita na corte russa pré-revolucionária, em São Petersburgo.
Durante a sua carreira, Cavalieri cantou com outros grandes nomes da ópera, como o barítono italiano Titta Ruffo e o tenor francês Lucien Muratore, com quem se casaria em 1913.
Depois dessa última temporada, Cavalieri abriu um instituto de beleza em Paris. Em 1914, nas vésperas dos seus 40 anos, e ainda conservando a beleza da juventude, escrevia uma coluna sobre beleza, numa revista feminina, e publicou o livro “Meus segredos de beleza”.
Em 1915, voltou à Itália natal, onde realizou alguns filmes. Quando o país se envolveu na I Guerra Mundial, foi para os Estados Unidos, onde protagonizou quatro filmes mudos. Os seus três últimos filmes foram produzidos pelo seu amigo, o realizador belga Edward José.
Casou-se pela quarta vez, então com Paolo d'Arvanni, passando a morar com o esposo em Itália. Estava já com cerca de setenta anos, quando rebentou a II Guerra Mundial e ela ofereceu-se como enfermeira voluntária. Morreu, juntamente com o marido, quando a sua casa em Florença foi bombardeada pelas forças Aliadas.
A sua vida foi retratada no filme “La donna più bella del mondo” (1955), sendo protagonizada por Gina Lollobrigida.

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