EFEMÉRIDE - Karl-Maria
Kertbeny, jornalista, tradutor, escritor e activista dos direitos humanos
austro-húngaro, nasceu em Viena no dia 28 de Fevereiro de 1824. Morreu em
Budapeste, em 23 de Janeiro de 1882. Ficou também conhecido por ter criado a
palavra homossexual, num documento
datado de 1868 e guardado na Biblioteca
Nacional Húngara.
A família Benkert (apelido original) mudou-se para Budapeste quando Karl-Maria ainda era criança. Na sua juventude, como aprendiz de livreiro, Karl tinha um amigo homossexual que se suicidou ao ser chantageado por um extorsionista. Kertbeny recordou mais tarde que foi esse trágico episódio que o levou a interessar-se profundamente pelo tema da homossexualidade, seguindo o que ele descreveu como sendo o seu «impulso instintivo de lutar contra as injustiças».
Depois de um período no exército húngaro, empregou-se como jornalista e escritor de viagens, tendo escrito pelo menos vinte e cinco livros sobre vários temas. Em 1847, alterou legalmente o seu nome. Mudou-se para Berlim em 1868.
Traduziu escritores húngaros para o alemão. Contava entre os seus amigos com personalidades famosas como Heinrich Heine, George Sand, Alfred de Musset, Hans Christian Andersen e os irmãos Grimm.
Kertbeny morreu em Budapeste em 1882, com 58 anos de idade, mas a sua campa só foi descoberta em 2001 pelo sociólogo Judit Takács, autor de extensa investigação sobre a sua vida. A comunidade gay erigiu-lhe uma lápide e, a partir de 2002, tornou-se tradição depor anualmente uma coroa de flores na campa.
Desde a sua mudança para Berlim, Kertbeny passou a escrever extensivamente sobre a questão da homossexualidade, motivado - segundo disse - por um «interesse antropológico» combinado com um sentimento de injustiça e preocupação com os direitos do homem. Escreveu vários panfletos sobre o assunto, afirmando nomeadamente que os actos sexuais, em privado e consentidos pelas partes, não deviam cair sob a alçada da lei criminal. Evocando o caso do seu amigo da juventude, afirmava com determinação que a lei prussiana favorecia a existência de chantagem e extorsão de dinheiro a homossexuais, o que frequentemente os levava ao suicídio.
A família Benkert (apelido original) mudou-se para Budapeste quando Karl-Maria ainda era criança. Na sua juventude, como aprendiz de livreiro, Karl tinha um amigo homossexual que se suicidou ao ser chantageado por um extorsionista. Kertbeny recordou mais tarde que foi esse trágico episódio que o levou a interessar-se profundamente pelo tema da homossexualidade, seguindo o que ele descreveu como sendo o seu «impulso instintivo de lutar contra as injustiças».
Depois de um período no exército húngaro, empregou-se como jornalista e escritor de viagens, tendo escrito pelo menos vinte e cinco livros sobre vários temas. Em 1847, alterou legalmente o seu nome. Mudou-se para Berlim em 1868.
Traduziu escritores húngaros para o alemão. Contava entre os seus amigos com personalidades famosas como Heinrich Heine, George Sand, Alfred de Musset, Hans Christian Andersen e os irmãos Grimm.
Kertbeny morreu em Budapeste em 1882, com 58 anos de idade, mas a sua campa só foi descoberta em 2001 pelo sociólogo Judit Takács, autor de extensa investigação sobre a sua vida. A comunidade gay erigiu-lhe uma lápide e, a partir de 2002, tornou-se tradição depor anualmente uma coroa de flores na campa.
Desde a sua mudança para Berlim, Kertbeny passou a escrever extensivamente sobre a questão da homossexualidade, motivado - segundo disse - por um «interesse antropológico» combinado com um sentimento de injustiça e preocupação com os direitos do homem. Escreveu vários panfletos sobre o assunto, afirmando nomeadamente que os actos sexuais, em privado e consentidos pelas partes, não deviam cair sob a alçada da lei criminal. Evocando o caso do seu amigo da juventude, afirmava com determinação que a lei prussiana favorecia a existência de chantagem e extorsão de dinheiro a homossexuais, o que frequentemente os levava ao suicídio.
Sem comentários:
Enviar um comentário