EFEMÉRIDE - Luís Filipe de
Bragança, príncipe real de Portugal, morreu em Lisboa no dia 1 de Fevereiro de
1908. Nascera, igualmente na capital, em 21 de Março de 1887. Foi príncipe
da Beira, antes da subida do pai ao trono.
Era o filho mais velho do rei D. Carlos I e de sua mulher, a rainha D. Amélia. Como herdeiro do trono, D. Luís Filipe tinha ainda o título de duque de Bragança, usufruindo dos rendimentos dessa grande dinastia, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal.
Sendo os Bragança-Saxe-Coburgo-Gota uma família melómana em todos os tempos, o pai dedicava-se à pintura e à ciência oceanográfica e o avo à literatura, tendo traduzido Shakespeare do inglês para o português. Luís Filipe de Bragança teve uma educação esmerada em casa durante toda a sua infância, até ser entregue aos cuidados do seu preceptor, o herói das guerras de África Mouzinho de Albuquerque, recém-chegado das colónias, lhe deu uma apurada instrução militar.
Tal como o pai, foi um amante da fotografia, encontrando-se colaboração fotográfica sua no “Boletim Fotográfico” (1900/1914).
Exerceu a regência do Reino durante um escasso período de tempo em 1907, aquando da deslocação do seu pai em visita protocolar ao estrangeiro. Nesse mesmo ano, e pela primeira vez para um príncipe português desde D. João VI, deslocou-se em viagem oficial às colónias, neste caso às africanas, visita com grande impacto na época.
O príncipe real, tal como o pai, desfrutava de grande prestígio no Exército e, sabendo das ameaças de morte a D. Carlos, andava sempre armado de revólver, para o defender quando fosse preciso, jurando sempre que o matariam primeiro a ele antes que ele deixasse matar o seu pai e seu rei. E de facto, os relatos dizem que, antes de morrer, ainda disparou sobre um dos regicidas, atingindo-o ou matando-o mesmo, com o seu revólver Winchester. O Regicídio abriu caminho à implantação revolucionária da República.
O rei foi baleado pelas costas, na nuca, e morreu assassinado por alguns elementos da Carbonária. O assassinato foi cometido quando a família real, regressada de Vila Viçosa, passava de carruagem pelo Terreiro do Paço, em Lisboa, à esquina da Rua do Arsenal. Ao tentar defender a sua família D. Luís Filipe de Bragança foi, no entanto, atingido mortalmente a tiro, sobrevivendo a seu pai por pouco tempo. Apenas escapou ilesa do atentado a rainha D. Amélia de Orleães, sendo ferido no braço o infante D. Manuel, duque de Beja, que assim subiu ao trono como D. Manuel II, e que viria a ser o último rei de Portugal. A primeira República Portuguesa foi implantada em 5 de Outubro de 1910.
Luís Filipe encontra-se sepultado ao lado de seu pai e dos seus antepassados no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
Era o filho mais velho do rei D. Carlos I e de sua mulher, a rainha D. Amélia. Como herdeiro do trono, D. Luís Filipe tinha ainda o título de duque de Bragança, usufruindo dos rendimentos dessa grande dinastia, último morgadio que no seu tempo era ainda, legalmente, permitido em Portugal.
Sendo os Bragança-Saxe-Coburgo-Gota uma família melómana em todos os tempos, o pai dedicava-se à pintura e à ciência oceanográfica e o avo à literatura, tendo traduzido Shakespeare do inglês para o português. Luís Filipe de Bragança teve uma educação esmerada em casa durante toda a sua infância, até ser entregue aos cuidados do seu preceptor, o herói das guerras de África Mouzinho de Albuquerque, recém-chegado das colónias, lhe deu uma apurada instrução militar.
Tal como o pai, foi um amante da fotografia, encontrando-se colaboração fotográfica sua no “Boletim Fotográfico” (1900/1914).
Exerceu a regência do Reino durante um escasso período de tempo em 1907, aquando da deslocação do seu pai em visita protocolar ao estrangeiro. Nesse mesmo ano, e pela primeira vez para um príncipe português desde D. João VI, deslocou-se em viagem oficial às colónias, neste caso às africanas, visita com grande impacto na época.
O príncipe real, tal como o pai, desfrutava de grande prestígio no Exército e, sabendo das ameaças de morte a D. Carlos, andava sempre armado de revólver, para o defender quando fosse preciso, jurando sempre que o matariam primeiro a ele antes que ele deixasse matar o seu pai e seu rei. E de facto, os relatos dizem que, antes de morrer, ainda disparou sobre um dos regicidas, atingindo-o ou matando-o mesmo, com o seu revólver Winchester. O Regicídio abriu caminho à implantação revolucionária da República.
O rei foi baleado pelas costas, na nuca, e morreu assassinado por alguns elementos da Carbonária. O assassinato foi cometido quando a família real, regressada de Vila Viçosa, passava de carruagem pelo Terreiro do Paço, em Lisboa, à esquina da Rua do Arsenal. Ao tentar defender a sua família D. Luís Filipe de Bragança foi, no entanto, atingido mortalmente a tiro, sobrevivendo a seu pai por pouco tempo. Apenas escapou ilesa do atentado a rainha D. Amélia de Orleães, sendo ferido no braço o infante D. Manuel, duque de Beja, que assim subiu ao trono como D. Manuel II, e que viria a ser o último rei de Portugal. A primeira República Portuguesa foi implantada em 5 de Outubro de 1910.
Luís Filipe encontra-se sepultado ao lado de seu pai e dos seus antepassados no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa.
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