EFEMÉRIDE - Jorge
Ribeiro Ferreira Chaves, arquitecto
português, nasceu na Ponta do Sol, Ribeira Grande, Ilha de Santo Antão, em Cabo
Verde, no dia 22 de Fevereiro de 1920. Morreu em Lisboa, em 22 de Agosto de
1981.
Foi um dos arquitectos surgidos na segunda metade da década de 1940 responsáveis pela fixação do Movimento Moderno em Portugal. Activo profissionalmente entre 1941 e 1981, é considerado um dos mais perfeccionistas arquitectos portugueses.
Realizou, em atelier próprio, desde 1946, várias dezenas de projectos, para Portugal continental, Madeira, Guiné e Angola, dos quais se destacam a Pastelaria Mexicana, a loja Palissi Galvani, os Laboratórios Cannobio e o Hotel Florida, em Lisboa, o Hotel Garbe, o Hotel da Baleeira e o Hotel Globo, no Algarve, a Câmara de Comércio de Bissau e a Caixa Geral de Depósitos de S. Pedro do Sul.
Foi também colaborador de alguns dos principais ateliers de arquitectura de Lisboa da primeira metade do século XX, entre eles o de Porfírio Pardal Monteiro.
Viveu em Lisboa definitivamente desde 1931. Frequentou o Liceu Pedro Nunes durante a primeira metade da década de 1930. Ingressou no Curso Especial de Arquitectura na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1935.
Em 1941, interrompeu o curso para cumprir um longo serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial. Esteve mobilizado, como expedicionário, em São Miguel, nos Açores, de onde só regressou no fim de 1944.
Na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde entretanto reingressou, frequentou igualmente o Curso Especial de Escultura em 1946/47. Concluiu a parte escolar do curso de Arquitectura em 1948, tendo obtido em 1946 o Prémio José Luís Monteiro. Este prémio, com uma componente monetária, era entregue a estudantes que se destacassem pela excepcionalidade do seu percurso académico.
Obteve a classificação de 19 valores em 20, no Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto em 1953.
O exercício da profissão foi iniciado no período de 1943/56, período que Nuno Portas designa como a fase da «resistência» na arquitectura e nas artes portuguesas.
Em 1946, em sociedade com o colega do final do curso, Luís Coelho Borges, abriu o seu primeiro atelier em espaço próprio.
Foi membro do colectivo Iniciativas Culturais Arte e Técnica e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Participou, expondo projectos de arquitectura, em quatro edições das Exposições Gerais de Artes Plásticas. Em 1948, participou no I Congresso Nacional de Arquitectura.
Um dos seus projectos do período «pós-congresso de 48», o edifício dos Laboratórios Cannobio, projectado em 1948 e construído em 1949, é uma das primeiras obras a surgir no centro de Lisboa exibindo uma linguagem arquitectónica claramente alinhada com o Movimento Moderno.
Em paralelo com a actividade no seu atelier, foi colaborador do arquitecto Miguel Jacobetty Rosa entre 1948 e 1952, e tirocinou sob a direcção do arquitecto Hernâni Gandra durante o ano de 1951.
Em 1952, foi convidado para o atelier do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro com quem trabalhou na concepção de vários edifícios, entre eles o Hotel Ritz. Apesar de ter sido o projecto do Hotel Ritz a sua actividade central entre 1952 e 1959, manteve sempre atelier próprio, ao qual se dedicou em exclusivo após 1959.
A sua produção arquitectónica mais significativa teve lugar durante um período caracterizado como de «abertura relativa do regime à arquitectura moderna». A Câmara de Comércio de Bissau, sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da Guiné, é considerada «a mais qualificada realização arquitectónica em Bissau» do período colonial.
Actuou ainda à escala do urbanismo e teve também um papel relevante no desenvolvimento do design em Portugal. Para equipamento das suas obras, Jorge Ferreira Chaves projectou quase sempre mobiliário original. Em alternativa, escolhia, principalmente, objectos de designers portugueses, produzidos na indústria nacional.
Entre 1978 e 1981, projectou intervenções em edifícios públicos, enquanto arquitecto da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas.
Foi um dos arquitectos surgidos na segunda metade da década de 1940 responsáveis pela fixação do Movimento Moderno em Portugal. Activo profissionalmente entre 1941 e 1981, é considerado um dos mais perfeccionistas arquitectos portugueses.
Realizou, em atelier próprio, desde 1946, várias dezenas de projectos, para Portugal continental, Madeira, Guiné e Angola, dos quais se destacam a Pastelaria Mexicana, a loja Palissi Galvani, os Laboratórios Cannobio e o Hotel Florida, em Lisboa, o Hotel Garbe, o Hotel da Baleeira e o Hotel Globo, no Algarve, a Câmara de Comércio de Bissau e a Caixa Geral de Depósitos de S. Pedro do Sul.
Foi também colaborador de alguns dos principais ateliers de arquitectura de Lisboa da primeira metade do século XX, entre eles o de Porfírio Pardal Monteiro.
Viveu em Lisboa definitivamente desde 1931. Frequentou o Liceu Pedro Nunes durante a primeira metade da década de 1930. Ingressou no Curso Especial de Arquitectura na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1935.
Em 1941, interrompeu o curso para cumprir um longo serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial. Esteve mobilizado, como expedicionário, em São Miguel, nos Açores, de onde só regressou no fim de 1944.
Na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde entretanto reingressou, frequentou igualmente o Curso Especial de Escultura em 1946/47. Concluiu a parte escolar do curso de Arquitectura em 1948, tendo obtido em 1946 o Prémio José Luís Monteiro. Este prémio, com uma componente monetária, era entregue a estudantes que se destacassem pela excepcionalidade do seu percurso académico.
Obteve a classificação de 19 valores em 20, no Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto em 1953.
O exercício da profissão foi iniciado no período de 1943/56, período que Nuno Portas designa como a fase da «resistência» na arquitectura e nas artes portuguesas.
Em 1946, em sociedade com o colega do final do curso, Luís Coelho Borges, abriu o seu primeiro atelier em espaço próprio.
Foi membro do colectivo Iniciativas Culturais Arte e Técnica e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Participou, expondo projectos de arquitectura, em quatro edições das Exposições Gerais de Artes Plásticas. Em 1948, participou no I Congresso Nacional de Arquitectura.
Um dos seus projectos do período «pós-congresso de 48», o edifício dos Laboratórios Cannobio, projectado em 1948 e construído em 1949, é uma das primeiras obras a surgir no centro de Lisboa exibindo uma linguagem arquitectónica claramente alinhada com o Movimento Moderno.
Em paralelo com a actividade no seu atelier, foi colaborador do arquitecto Miguel Jacobetty Rosa entre 1948 e 1952, e tirocinou sob a direcção do arquitecto Hernâni Gandra durante o ano de 1951.
Em 1952, foi convidado para o atelier do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro com quem trabalhou na concepção de vários edifícios, entre eles o Hotel Ritz. Apesar de ter sido o projecto do Hotel Ritz a sua actividade central entre 1952 e 1959, manteve sempre atelier próprio, ao qual se dedicou em exclusivo após 1959.
A sua produção arquitectónica mais significativa teve lugar durante um período caracterizado como de «abertura relativa do regime à arquitectura moderna». A Câmara de Comércio de Bissau, sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da Guiné, é considerada «a mais qualificada realização arquitectónica em Bissau» do período colonial.
Actuou ainda à escala do urbanismo e teve também um papel relevante no desenvolvimento do design em Portugal. Para equipamento das suas obras, Jorge Ferreira Chaves projectou quase sempre mobiliário original. Em alternativa, escolhia, principalmente, objectos de designers portugueses, produzidos na indústria nacional.
Entre 1978 e 1981, projectou intervenções em edifícios públicos, enquanto arquitecto da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas.
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